O governo do Uruguai voltou a criticar a reforma trabalhista imposta ao Brasil pelo presidente Michel Temer e solicitou uma reunião especial no Mercosul para debater a lei aprovada pelo Congresso no mês passado.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, a reforma é um risco às regras de competitividade do bloco e "preocupa o Uruguai porque é uma maneira de competir com base na retirada de direitos trabalhistas, coisa que sempre tentamos evitar".
O chanceler ainda explicou que pediu uma reunião de avalição, composta por Brasil, Argentina e Paraguai, no âmbito da Declaração Sócio-Laboral assinada pelos sócios em 2015.
"Vamos pedir uma reunião que está no âmbito da Declaração Sócio-Laboral, que estabelece que duas vezes por ano uma comissão administradora precisa se reunir", disse Nin Novoa.
Em comunicado no site da presidência uruguaia, o ministro do Trabalho Ernesto Murro, afirmou que enviou uma nota ao Itamaraty solicitando o encontro.
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Por sua vez, Temer deverá apresentar detalhes da nova legislação aos demais membros do bloco para que seja feita uma análise dos impactos. A reforma trabalhista foi aprovada pelo Senado em julho e entrará em vigor em 120 dias. A nova lei abre a possibilidade para que negociações entre trabalhadores e empresa se sobreponham à legislação trabalhista.