Mais de 4,5 milhões de crianças menores de cinco anos foram vacinadas nas primeiras quatro horas da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, realizada neste sábado, em todo o país.
Esse resultado, que representa 26,38% de cobertura vacinal, é maior do que o registrado no ano passado, no mesmo período, o que indica que a meta de vacinar mais de 17 milhões de crianças será alcançada. O anúncio foi feito no fim da tarde deste sábado pelo secretário nacional de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, em entrevista coletiva, em Recife.
A vacinação transcorreu com tranqüilidade em todas as cidades brasileiras, mesmo nas regiões mais frias e chuvosas. Até às 17h deste sábado, em todo o país, estão mobilizados cerca de 443 mil servidores e voluntários em mais de 116 mil postos de vacinação. As pessoas que estão participando da campanha ainda têm à disposição 40 mil veículos, 2,5 mil embarcações e 10 aeronaves para se locomoverem.
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Os dados finais da primeira etapa da campanha serão divulgados no dia 25 de julho. A segunda etapa será realizada no dia 23 de agosto deste ano.
A vacina contra a pólio se destina a todas crianças menores de cinco anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarréia. Não existe tratamento para a pólio, somente a prevenção, por meio da vacina, garante que a pessoa fique livre da doença.
No Brasil, o último caso de paralisia infantil foi registrado em 1989. Mesmo assim é importante manter campanhas de vacinação anuais, em duas etapas, porque o poliovírus, causador da enfermidade, pode ser reintroduzido no país, já que sua circulação ainda ocorre em cerca de sete nações: Índia, Nigéria, Paquistão, Egito, Niger, Afeganistão e Somália.
Além dessas áreas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera Angola, Bangladesh, República Democrática do Congo, Etiópia, Nepal e o Sudão como regiões em que ainda é alto o risco de reintrodução da poliomielite.
A OMS estima que a imunização, em todo o mundo, previna 550 mil casos da enfermidade a cada ano. Antes do desenvolvimento da vacina, na década de 50, a poliomielite matava e/ou deixava com deficiência física centenas de milhares de pessoas todos os anos.
O Ministério da Saúde destinou R$ 26,8 milhões para realizar esta primeira etapa da campanha, distribuídos da seguinte forma: R$ 9,3 milhões para a aquisição de mais de 29,5 milhões de doses da vacina contra a poliomielite; R$ 12,5 milhões repassados, fundo a fundo, aos estados e municípios para a operacionalização da campanha e R$ 5 milhões para publicidade.