O Zimbabwe acusou neste domingo (2) um oncologista ginecológico da Pensilvânia de matar ilegalmente um leão em abril. Assim, ele se junta ao dentista de Minnesota que o governo do país quer extraditar por matar um leão muito conhecido, chamado Cecil, no início de julho.
Parques Nacionais do Zimbabwe e a Autoridade de Gestão da Vida Selvagem acusaram Jan Casimir Seski de Murrysville, da Pensilvânia, de disparar contra o leão com um arco e flecha em abril, perto do Parque Nacional Hwange do Zimbabwe, sem autorização, em terra onde não era permitido. O dono do latifúndio, Headman Sibanda, foi preso e está ajudando a polícia.
Seski é um oncologista ginecológico e dirige o Centro de Medicina Bloodless e o centro de cirurgia no Hospital Geral Allegheny, em Pittsburgh.
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Ele também é um grande caçador ativo. Em sites de caça, é possível identificar o médico em fotos, de pé ao lado de animais mortos, incluindo elefantes, antílopes, um hipopótamo e um avestruz.
A Associated Press ligou e bateu na porta na casa de Seski, que fica fora de Pittsburgh. A AP também deixou uma mensagem, sem resposta imediata.
Alguns vizinhos do Seski disseram que tem comprado terra ao redor de sua propriedade. Ernest Hahn disse que Seski colocou sinais de "não ultrapasse" em seu terreno, desrespeitando a tradição da área de dar liberdade às pessoas na zona rural para cruzar as linhas de propriedade para caçar.
A porta-voz dos Parques Nacionais, Caroline Washaya Moyo, disse que Seski tinha fornecido seu nome e outras informações de identificação para um banco de dados do governo, quando veio para a caça.
"Quando caçadores veem para o país, preenchem um documento com dados pessoais, o valor pago para a caça, o número de animais que serão caçados, as espécies a serem caçadas e a área e o período em que a caça deve acontecer", disse ela. "O norte-americano conduziu sua caça em uma área onde a caça do leão é ilegal. O proprietário do terreno que o ajudou com a caça também não tinha uma cota para a caça do leão."
Autoridades do Zimbabwe disseram que vão buscar a extradição do dentista de Minnesota, Walter James Palmer, alegando que ele não tinha autorização para matar Cecil, há um mês. O leão foi atraído para fora do parque Hwange, ferido com um arco e flecha, rastreado e tomado um tiro.
Dois cidadãos do Zimbabwe foram presos e acusados no caso de Palmer. Palmer se defendeu dizendo que se baseou em seus guias profissionais para garantir que a caça era legal.
No sábado, a autoridade dos animais selvagens de Zimbabwe disse que suspendeu a caça dos leões, leopardos e elefantes na área de Hwange. Caças com arco e flecha também foram suspensas e só podem ser aprovadas pela autoridade principal dos animais selvagens.