Cerca de 150 jovens com menos de 18 anos estão em cadeias para adultos no Paraná. A única solução para resolver o problema, segundo a presidente do Instituto de Ação Social do Paraná (IASP), Thelma Oliveira, é construir mais unidades socioeducativas para abrigar esses adolescentes.
O estado tem atualmente 700 vagas para cumprimento de sentença em regime de privação de liberdade do adolescente em conflito com a lei. São 17 unidades e outros cinco novos centros socioeducativos. Quatro casas de semiliberdade deverão ser entregues até o final deste ano, aumentando para 1.155 o número de vagas no estado.
"Entretanto, o fato de estarem em delegacias não quer dizer que ocupem celas junto com adultos, normalmente eles ficam em celas separadas", disse Thelma Oliveira. Segundo ela, os jovens infratores do Paraná estão em delegacias de periferias de grandes centros urbanos, geralmente municípios localizados em rotas de tráfico de drogas, como Londrina, Maringá, Apucarana, São Miguel do Oeste.
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Ela explicou que cada caso é analisado separadamente. Os adolescentes que estão em delegacias do Paraná são aqueles cujos crimes não são tão graves ou não estão em situações onde podem sofrer retaliações. "Nesses casos, sempre damos um jeito de transferi-los."
Nos últimos quatro anos, a capacidade física de atendimento dos adolescentes, no meio de internação, teria aumentado 50%. "A estruturação física e a nova metodologia pedagógica são atualmente, dois eixos importantes e reestruturantes. Os novos centros têm projeto arquitetônico pensado a partir de planejamento pedagógico, não são somente abrigos de jovens, mas unidades feitas para realmente reabilitá-los."