Organizações civis de defesa do consumidor fizeram nesta quarta-feira -Dia Mundial da Alimentação- uma manifestação em Curitiba, visando alertar a população sobre a preocupação com o consumo de produtos transgênicos no País. O protesto aconteceu simultaneamente em várias outras capitais. Os participantes distribuiram panfletos com esclarecimentos sobre o que são os transgênicos (produtos geneticamente modificados) e orientações de como cobrar dos fabricantes informações sobre a existência desses ingredientes nos produtos colocados no mercado. Estudantes de nutrição, biologia e agronomia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) também participaram do manifesto.
O consultor técnico do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Sezifredo Paz, disse que as entidades vão continuar pressionando o governo federal para que os transgênicos continuem proibidos no Brasil, pelo menos, até que se tenha uma avaliação adequada dos riscos que esses produtos podem representar para a saúde e para o meio ambiente. Segundo ele, já existem decisões judiciais impedindo a liberação.
Outro ponto questionado pelas entidades é o Decreto Federal nº 3.871, aprovado em 2001, que desobriga as empresas de rotularem alimentos que tenham até 4% de transgênicos na sua composição. A não rotulagem vale também para produtos não embalados. ''As pessoas têm direito de saber o que estão consumindo'', alertou Paz. Na Europa, segundo ele, o limite é de 1% e já se discute a possibilidade de baixar esse percentual para 0,5%.
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Com a revisão nas normas de rotulagem, o Idec e outras 19 entidades que compõem o Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor querem a garantia de rastreabilidade no caso de haver problemas futuros à saúde da população. ''Nossa preocupação se baseia tanto no aspecto sanitário como no direito de escolha do consumidor'', afirmou.
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