A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o atentado a tiros que matou dois adolescentes no colégio estadual Professora Helena Kolody, em Cambé (Região Metropolitana de Londrina), no dia 19 de junho. O resultado foi apresentado à imprensa na manhã desta quarta-feira (28). Além do assassino, de 21 anos, que foi encontrado morto na Casa de Custódia de Londrina após o crime, a investigação identificou outros dois responsáveis diretos pelo ataque, ambos detidos preventivamente desde a semana passada.
Segundo os delegados que participaram da apuração, o rapaz que também tem 21 anos, morador de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina), é quem teria auxiliado o assassino de forma material, vendendo uma beca – símbolo neste tipo de ação criminosa -, e o gravando no fim de semana antes dele invadir a escola, quando já fazia ameaças e avisado sobre o ato que iria cometer. Já o jovem de 18 anos, de Gravatá, em Pernambuco, foi apontado como o mentor intelectual.
“Os dois (atirador e jovem de 18 anos) se conheceram nas redes sociais e mantinham contato desde dezembro de 2021, quando o atirador (já com a ideia do ataque) começou a planejar e arquitetar o atentado. Este jovem de Gravatá instigou o atentado”, afirmou o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Fernando Amarantino Ribeiro. Os jovens de 18 e 21 anos foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.
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Os outros dois presos no caso, que têm 35 e 39 anos e viviam em Rolândia, vão responder por comércio ilegal de arma de fogo. Foram eles que venderam o revólver e a munição usados pelo atirador. “Eles não tinham ciência do ataque, mas praticaram o ato ilício da venda ilegal do armamento”, ressaltou. A dupla está detida de forma temporária, ou seja, pelo prazo de 30 dias, que pode ser renovado pelo mesmo período, se for considerado necessário.
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