O número de ocorrências de ataques a bancos e caixas eletrônicos no Interior do Paraná cresceu 8,4% em 2013 na comparação com o ano de 2012, segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região. Os números mostram que esse tipo que ataque migrou para o interior do Estado, enquanto em Curitiba, região metropolitana e litoral os números caíram.
No ano de 2013 foram registrados 128 ataques a caixas eletrônicos, bancos e carros fortes, enquanto no ano de 2012 foram 118. Entre os ataques estão explosões e arrombamentos de caixas eletrônicos, assaltos e tentativas de assaltos, saidinhas de banco - quando o assaltante espera a vítima sacar o dinheiro para, após a saída da agência, efetuar o crime - assaltos a carros fortes e mortes.
Já na capital, cidades da região e Litoral os números foram menores. Em Curitiba os crimes caíram de 59 para 53 no período. Na Região Metropolitana a queda foi mais expressiva: enquanto em 2012 foram 51 casos, no ano passado os índices chegaram a 27 ataques. No Litoral, apenas um ataque foi registrado em 2013 contra quatro do ano retrasado.
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Em geral, no Paraná os casos se mantiveram em índices preocupantes, segundo o sindicato. O levantamento aponta que no ano passado foram 205 ocorrências, contra 214 de 2012. Esses índices, apesar da queda, ainda estão muito acima do que foi registrado em 2011. Naquele ano foram 106 casos.
Motivos - o presidente do Sindicato dos Vigilantes, João Soares, acredita que três fatores contribuem para que esses crimes aumentem no interior do Paraná. Além da falta de investimentos por parte das instituições bancárias e da facilidade com que bandidos conseguem artefatos explosivos, há o principal fator, segundo Soares, que é a falta de policiamento nas pequenas cidades.
"As cidades menores, com 20 mil habitantes, estão sem policiamento ostensivo. Esta falta de segurança essa situação. Por isso os bandidos explodem caixas e até agências e conseguem fugir com viaturas da polícia", critica Soares.
A reportagem tentou entrar em conato com o delegado da Polícia Civil responsável por investigações de ataques a caixas eletrônicos da Divisão de Policiamento do Interior (DPI), mas não obteve retorno das ligações.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que aumentou os investimentos em segurança das agências bancárias nos últimos anos. Porém, a instituição reconhece que é preocupante a situação em relação aos caixas eletrônicos, alvos dos bandidos também fora das agências. Segundo a Febraban, é necessários mais investimento em segurança pública, para desarmar as quadrilhas e impedir que tenham acesso principalmente aos explosivos.