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Aterro estaria poluindo Rio Iguaçu

Israel Reinstein - Folha do Paraná
17 out 2001 às 09:27

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A Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária (Amar) entra nesta quarta-feira com uma ação civil pública na Justiça Federal contra a Prefeitura Curitiba por causa do Aterro da Caximba. A entidade acusa o município de poluir com chorume o Rio Iguaçu. Em função disso, foi pedida a suspensão do despejo do produto, a recuperação da área afetada e o pagamento de uma indenização de R$ 50 milhões por danos irreversíveis causados ao meio ambiente.
Na ação, também é solicitado que o Ministério Público processe criminalmente os responsáveis pelo aterro. "O Caximba deixou de ser aterro e, agora, é um lixão que está poluíndo o meio ambiente e a responsabilidade é a da Prefeitura de Curitiba", disse a advogada da Amar, Marlene Zanin. Nesta quarta, a Folha procurou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, mas a assessoria informou que a prefeitura só vai se pronunciar quando for oficialmente comunicada da ação.
Para comprovar a poluição, a Amar coletou, em agosto, amostra do chorume e encaminhou para análises. Os resultados, que ficaram prontos em setembro, apontam que a prefeitura está permitindo o despejo de poluentes em quantidade até 25 vezes superior ao regulamentado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Os exames apontam que as demandas Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Química de Oxigênio (DQO) –parâmetros que registram 'roubo' de oxigênio em reações químicas– estão, respectivamente, 25 vezes e 13 vezes além do permitido. De acordo com regulamentação do IAP, o DBO não poderia passar de 100 mg/litro, mas está em 2.412 mg/l. Já o DQO, cujo o patamar é 350 mg/l atingiu a quantidade de 4.571,3 mg/l.
A presidente da Amar, Lídia Lucaski, disse que esses elevados índices afetam o meio ambiente, porque "roubam" oxigênio da fauna e flora da região. Na ação, fotos comprovam que a vegetação próxima do aterro está morrendo. Além disso, cavas próximas do habitat de algumas aves e pequenos mamíferos estão cheias de chorume.
A preocupação da Amar é que com a criação de um consórcio intermunicipal do lixo, que está em estudo na Coordenação Metropolitana de Curitiba (Comec), a Prefeitura de Curitiba abandone o aterro. A estimativa da Amar é que nos próximos 15 anos continue escorrendo chorume do Caximba.
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