O Centro de Criatividade de Curitiba, no Parque São Lourenço, transforma-se até 16 de setembro no ponto de encontro dos ativistas que defendem o uso da bicicleta. Com apoio da Fundação Cultural de Curitiba, o grupo de simpatizantes da causa organizou uma programação de exposição, palestras e performances para divulgar a proposta junto à população.
O evento começa com a exposição "A bicicleta, a arte, a mobilidade", que reúne trabalhos de 20 artistas simpatizantes do pedal. Todos produziram obras especialmente para a exposição, com temas relacionados às bicicletas. Entre eles estão Alfi Vivern, Denise Roman, Cristina Fauquemont, Andréia Las, Bruno Tomé, Davi Rubinstein, Juan Parada e Cláudio Celestino.
Além da exposição, toda segunda-feira, às 19h30, haverá palestras com artistas, ciclistas e jornalistas, culminando com um debate final sobre o uso da bicicleta. Também está programada, para o dia 25 de agosto, a "bicicletada", uma tradicional performance de rua.
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A "bicicletada" já acontece todo último sábado de cada mês. Um grupo de aproximadamente 50 ciclistas sai para passeios "críticos" de bicicleta pela cidade. A "bicicletada" é um movimento mundial, que surgiu na década de 90 nos Estados Unidos, e hoje tem vários adeptos pelo Brasil. São Paulo e Fortaleza são outras capitais onde eles se reúnem. Em Curitiba, o movimento - que não é institucionalizado e é aberto à livre participação - começou em dezembro de 2005.
Os ativistas acreditam que o uso preferencial da bicicleta no cotidiano pode transformar a sociedade. Pedalando para ir ao trabalho ou à escola, a pessoa economiza dinheiro, não polui o meio ambiente, evita a produção de ruídos indesejáveis, adquire um hábito de vida mais saudável e passa a interagir melhor com o seu habitat. "A bicicleta favorece a comunicação entre as pessoas, possibilita uma convivência mais harmoniosa, diferente da velocidade desenfreada e perigosa da cultura do automóvel", diz Jorge Brand.