Caso o reajuste de pedágio no Paraná se confirme já no mês que vem, os caminhoneiros ligados ao Movimento União Brasil Caminhoneiro não devem realizar uma manifestação de imediato. A categoria pretende aguardar uma decisão nacional, que já sinalizou uma mobilização em todo o País para dentro de 30 dias. "Se o governo aumentar as tarifas, vai fortalecer a mobilização no Paraná. Vai ser pior para eles", garantiu o representante estadual do movimento, André Felisberto.
Felisberto explica que a mobilização contra o reajuste no Paraná não vai acontecer isoladamente. "Na última manifestação, o caminhoneiro apanhou da Polícia Militar e foi mordido por seus cachorros. Agora, temos tempo para preparar uma manifestação mais organizada, que vai surpreender", avisou.
Para o dirigente sindical, com o respaldo nacional, os caminhoneiros podem inclusive interromper os trabalhos, deixando as mercadorias paradas nas rodovias. "Uma decisão final sobre o assunto deve ser tomada em nova assembléia da categoria, que vem recebendo apoio de transportadoras, agricultores, sem terra e donos de postos", disse.
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Na reunião nacional, realizada no último fim de semana, em Tatuí (SP), os dirigentes dos caminhoneiros optaram pelo protesto. Uma das razões foi que o governo federal não deixou de abonar multas dos caminhoneiros, conforme tinha acordado com a categoria no fim de março, quando se fecharam as estradas.
"Além disso, o reajuste de pedágio em diversos estados influenciou para nova mobilização", disse André Felisberto. Entre os estados que prevêm reajustes, estão Rio Grande do Sul e São Paulo, além do Paraná.