Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Carga de trabalho de caminhoneiros leva perigo às estradas

Luciana Pombo - Folha de Londrina
28 abr 2002 às 17:46

Compartilhar notícia

A custa de estimulantes, caminhoneiros têm carga de trabalho de 18 horas - José Suassuna
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Dos acidentes de trânsito que ocorrem nas rodovias estaduais que cortam o Paraná quase 40% envolvem caminhões e ônibus. No ano passado, segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), foram registradas 3,8 mil ocorrências com caminhões e 435 com ônibus, 37,1% do volume total. A maior parte dos acidentes, conforme dados oficiais, é ocasionada pelo cansaço dos motoristas.

O Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Paraná (Sindicam) estima que a média de trabalho diário de um motorista de caminhão é de 18 horas. Para suportar a corrida e cumprir rigorosamente o horário imposto pelas empresas, os motoristas se vêem obrigados a tomar estimulantes. O mais conhecido entre eles é o ‘rebite’. ‘É um comprimido que deixa o motorista acordado, tipo o êxtase. O motorista não dorme, não descansa’, conta Diumar Cunha Bueno, presidente do Sindicam.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade


O rebite muitas vezes pode ser composto de misturas perigosas. O caminhoneiro H.G.F., 39 anos, disse que misturava sempre café, aspirina, reativam (um estimulante), coca-cola e conhaque. ‘Numa oportunidade eu acabei dormindo com o olho aberto. Foi muita sorte não ter me envolvido num acidente’, contou ele, sem querer ser identificado pela reportagem da Folha. Outros motoristas preferem comprar o chamado ‘capetinha’ na beira da estrada. Este tipo de rebite é composto de essência pura de guaraná, misturada com álcool.

Leia mais:

Imagem de destaque
Vampiro de Curitiba

Cinco livros para conhecer obra literária de Dalton Trevisan, morto aos 99 anos

Imagem de destaque
53% dos colégios aptos

Paraná pode ter 95 colégios dentro do programa Parceiro da Escola a partir de 2025

Imagem de destaque
Atenção!

Arapongas e Cambé alertam para golpe do alvará de funcionamento

Imagem de destaque
Balanço semanal

Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná

Os motoristas alegam que não têm outra opção senão se valer desse recurso. ‘Somos obrigados a cumprir a lei das empresas. Com sol ou chuva. De dia ou de noite’, afirmou Jair Martins de Oliveira, de 46 anos. Ele contou que chegou a carregar carga de cimento de Minas Gerais para Porto Alegre quando se envolveu num acidente. Ele foi obrigado a parar por algumas horas para cumprir as formalidades policiais. ‘Sofri o acidente em Criciúma (SC). Comuniquei o fato para a empresa, mas esqueceram de avisar. A polícia já havia sido acionada pela empresa e estavam atrás de mim’, contou indignado.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo