O delegado de Sarandi (7 km a leste de Maringá), José Maurício de Lima Sobrinho, pediu para a Viapar, concessionária responsável pelo Lote 2 do Anel de Integração, a instalação de telas laterais protetoras nas duas passarelas de pedestres da BR-376. Segundo Lima, pessoas ficam na passarela durante a noite e jogam objetos nos veículos que passam pela rodovia, provocando riscos de acidentes graves. Conforme o delegado, dependendo da situação, a concessionária pode responder por homicídio culposo, além de ficar sujeita a pedidos de indenização na área cível.
As passarelas foram construídas há cerca de dois meses. Na delegacia existem registros de queixas de motoristas com carros danificados e policiais chegaram a apreender menores que estavam em uma das passarelas jogando objetos. "Muitos casos nem são registrados porque ocorrem de madrugada e com motoristas de fora que não sabem que providência tomar", disse o delegado.
Lima conta que em um dos casos, o pára-brisa dianteiro do veículo ficou trincado depois de ser atingido por um tijolo. "O impacto de uma pedra em um carro a 80 quilômetros pode ser tão violento a ponto do motorista ficar ferido gravemente, morrer ou então provocar acidentes do tipo capotamento", ressaltou o delegado. Para Lima, a instalação de telas seria suficiente para evitar problemas neste trecho da rodovia. A BR-376 é uma das principais vias de acesso para Maringá e divide o município de Sarandi.