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CPI do tráfico de pessoas

Casos de adoção ilegal se espalham por 20 cidades do PR

Rodrigo Batista - Redação Bonde
15 abr 2013 às 18:27

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As investigações sobre adoção ilegal no Paraná se espalham por mais cidades conforme a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas se aprofunda nos casos. A CPI já contabiliza 20 cidades, algumas próximas a Londrina, com suspeita de adoção ilegal intermediada por dois acusados.

Com as análises realizadas desde a apreensão de documentos em um apartamento de Curitiba no último dia 9 de abril, o número de suspeitas de adoção ilegal seria mais de 100. Antes da operação, efetuada pela Polícia Federal, eram cinco cidades com intermediações suspeitas.

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Com o desdobramento das averiguações, segundo o deputado federal e vice-presidente da Comissão, Fernando Francischini (PEN-PR), a CPI teve conhecimento, até agora, de que o caso mais antigo de suposta adoção ilegal no Paraná teria ocorrido em 1996. "Eles escolhem cidades menores, mas há alguns casos na periferia de grandes cidades, como Curitiba", diz, sobre a forma como os aliciadores trabalham.

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A CPI aponta para situações intermediadas por um homem suspeito de integrar a ONG americana Limiar Brasil. Audelino de Souza teria cobrado de famílias aptas a adoção, tanto dentro do Brasil como no exterior, em especial nos Estados Unidos, para intermediar os procedimentos. O presidente da ONG, Ulisses Gonçalves da Costa, também é um dos investigados.

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Audiência pública - Nesta quinta-feira (18), os membros da CPI vêm ao Paraná para uma audiência pública, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que deve ouvir pessoas investigadas no Paraná e em Santa Catarina. Pais de crianças adotadas em casos suspeitos também serão ouvidos. Um dos episódios que devem ser abordados é o de São João do Triunfo, em que sete crianças de uma mesma família foram levadas por norte-americanos.


"Primeiro vamos ouvir a parte das famílias do Paraná. Mas vamos procurar a embaixada norte-americana para que as autoridades dos EUA comecem a investigar quem são as pessoas que adotaram essas crianças", disse. Também estarão na audiência, segundo o deputado, um juiz e um promotor da cidade de Gaspar (SC) que são investigados pela CPI por casos de adoção ilegal em território catarinense.

O Poder Judiciário do Paraná e o Ministério Público (MPPR) também vão participar, como forma de auxílio às averiguações no estado. Devem estar presentes na Alep membros da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), Conselho de Direitos Humanos, Polícia Militar Polícia Civil e Polícia Federal.


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