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Reforma agrária

Clima é tenso em área invadida pelo MST

Redação - Folha de Londrina
29 mai 2003 às 21:05

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Caminhão de calcáreo é ''escoltado'' por sem-terra na estrada que passa em frente à fazenda - César Marinho
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De um lado, proprietários da Fazenda Três Marias, produtores rurais e fazendeiros. Do outro, 340 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Entre eles, viaturas e policiais militares. Em comum a apreensão, tensão e nervosismo. Esse é o clima desde a tarde de quarta-feira na ocupação da fazenda no município de Manoel Ribas (146 quilômetros ao sul de Apucarana).

Liderados pelo presidente do Sindicato Nacional dos Proprietários Rurais (Sinapro), Narciso Rocha Clara, vários fazendeiros montaram um acampamento e fecharam a entrada principal da Fazenda Três Marias para impedir que os integrantes do MST possam ter acesso à cidade. ''Nós estamos perdendo a paciência. Não queremos um conflito, mas se o governador (Roberto Requião) continuar desrespeitando o poder judiciário, há um grande risco de acontecer uma catástofre aqui'', disse Rocha Clara.

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A juíza de Manoel Ribas, Adriana Ossipi, concedeu duas liminares de reintegração de posse mas o governo estadual não autorizou a Polícia Militar a fazer a desocupação.

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A manifestação dos fazendeiros, segundo o sindicalista, deu início à campanha ''Tolerência Zero'', criada pelo Sinapro para tentar acabar com as invasões de terras.

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Rocha Clara acusou os sem-terra de estarem fortemente armados e de usarem táticas de guerrilha. Ele chegou a chorar durante uma entrevista à TV Globo. ''Tá na hora do governo pôr a Polícia Federal no campo. Eles (os acupantes da área) usam táticas de terrorismo, são uma espécie de Farc (Forças Armadas Revoluncionárias da Colômbia)'', esbravejou.


O MST considera a área improdutiva. De acordo com o Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (Incra), o certificado de produtividade da fazenda está vencido. ''Faz muito tempo que o Incra não faz vistoria aqui e em muitos lugares porque não tem dinheiro nem para isso. Por isso é que está vencido'', justificou o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Marcos Prochet, que participa do movimento dos fazendeiros.

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A proprietária da Fazenda Três Marias, Maria das Mercês Loures de Lacerda, disse que vai aguardar que as ordens para desocupação das terras sejam cumpridas. Segundo ela, a fazenda tem 980 alqueires de extensão, sendo 180 de lavoura de soja e milho, e o restante pastagem para 1.500 cabeças de gado.


Ela permanece junto com os outros fazendeiros desde a tarde de quarta-feira na entrada principal da propriedade. ''Já passamos uma noite aqui e vamos passar outras até que eles saiam'', disse.

Cerca de 48 policiais militares integram a operação de segurança no local. O comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar de Apucarana, major Aurélio Chaves, diz que a estratégia para a desocupação da área já está definida. ''Temos um plano de atuação pronto para o caso da reintegração de posse, só depende da ordem do governador'', garantiu.


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