A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente vai investigar empresas que fazem o transporte de combustível para navios e caldeiras industriais para identificar o responsável pelo derramamento de óleo na Serra do Mar. Cerca de cinco mil litros do produto foram lançados, propositalmente, há quase 10 dias, em um bueiro da BR-277, entre Curitiba e Paranaguá (km-42), contaminando os rios dos Padres e do Pinto.
De acordo com o delegado adjunto, Naylor de Lima, o crime se enquadra no artigo 54, da Lei nº 9605 (Lei de Crimes contra o Meio Ambiente). A pena prevista é de um a quatro anos de reclusão. O prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias. Se alguém tiver qualquer informação que possa ajudar nas investigações, pode entrar em contato com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, pelo telefone (0xx41)356-7047.
Lima afirmou que "o trabalho é difícil e demorado", mas com laudo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que identifica o tipo de óleo que causou a contaminação, será possível direcionar melhor as investigações. "Até a semana passada, trabalhávamos com mais hipóteses, já que não se tinha confirmação do tipo de produto." As análises feitas pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) apontam que o produto é óleo do tipo Bunker, usado como combustível de navios. Nas amostras foi detectado, também, um tipo de óleo (A1) utilizado por indústrias para o aquecimento de caldeiras.
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A Ecovia, concessionária que explora o trecho aonde aconteceu o derramamento, espera concluir, em aproximadamente uma semana, a limpeza do trecho de serra e dos rios atingidos pelo óleo. Desde sábado, 26 funcionários da concessionária estão na região (16 trabalhando rio abaixo e 10 rio acima). O consultor ambiental contratado pela Ecovia ainda não finalizou o relatório que vai orientar como deverá ser feita recuperação da área. O documento deverá ficar pronto hoje.
Na avaliação do secretário de Estado do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto, os trabalhos estão sendo encaminhados de acordo com o que foi solicitado pelo IAP. Segundo ele, em conjunto com a Ecovia, está se estudando uma maneira de retirar o óleo que ficou impregnado nas pedras para que não venha comprometer a área mais do que já está.