A Delegacia de Rio Branco do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, prendeu, na madrugada, dez homens acusados de praticar assaltos na região. Um dos presos, André de França Cordeiro, de 23 anos, teria confessado, após a prisão, ser autor do assassinato de Jurandir Andrade de Castro, de 49 anos, em julho de 1998.
No depoimento, Cordeiro teria afirmado que recebeu R$ 200,00 do ex-policial militar Vilmar de Cristo, de 34 anos, para matar Castro. O ex-policial também acabou sendo preso às 8 horas de ontem, acusado de ser mandante do crime.
O assassinato teve grande repercussão em Rio Branco e em Curitiba, uma vez que Castro foi funcionário do ex-presidente do Tribunal de Contas do Paraná, conselheiro Quielse Crisóstomo, e do atual prefeito Bento Benelli.
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Na época do crime, tanto Castro quanto Cordeiro trabalhavam na Delegacia de Rio Branco do Sul. O primeiro exercia o cargo de "assistente de segurança" e o segundo, de acordo com o atual superintendente da Delegacia Obadias de Souza Lima, era o que se chama comumente no jargão policial de "bate-pau", ou seja, "batia nos presos". Jurandir Castro foi executado no Morro dos Nodari, uma casa alugada para a realização festas em Rio Branco do Sul.
Cordeiro foi nomeado para trabalhar na Delegacia pelo então delegado José Hilário Trigo, citado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico e Roubo de Automóveis. Com as suspeitas de que estaria envolvido com o crime organizado no Paraná, o delegado foi afastado do cargo.
Os dez assaltantes foram presos na Vila São Pedro, depois que a Delegacia de Rio Branco do Sul recebeu denúncia avisando sobre o assalto a uma lanchonete no bairro. Segundo o superintendente da delegacia, os assaltanets estavam armados e passaram várias horas na lanchonete, onde "judiaram da família". Eles teriam amordaçado um casal e ameaçado a filha de quatro anos de idade. Entre os presos, está João Carlos Afornalli, de 21 anos, condenado há 18 anos de prisão por roubo e que havia fugido da Delegacia há 15 dias.