Com números preocupantes, este é mais um ano em que o Paraná precisa bater de frente contra a dengue. Com mais de 16 mil casos e 4 mortes confirmados, além de outras 14 em análise, o pior cenário da dengue ainda pode estar por vir, de acordo com o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.
Com pelo menos mais dois meses de calor e de chuvas constantes, a previsão é de que o número de casos continue aumentando, como indicam as curvas de positivações de diversos municípios do Paraná. Pelo menos 96 deles estão em alerta para a doença.
O secretário reforça que, para evitar esse cenário, é preciso seguir com o trabalho de remoção de criadouros e a deposição de larvicidas nos focos para tentar diminuir o período mais severo da dengue.
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“Se o trabalho não for feito, nós vamos passar 12 ou 14 semanas duras em relação à dengue, o que é uma pena porque é uma doença evitável”, ressalta.
EPIDEMIA EM APUCARANA
Com um aumento de 64% no número de casos, Preto, que já foi secretário de Saúde e prefeito de Apucarana, explicou que as confirmações de dengue “explodiram” na cidade e que há um “caso claro de epidemia” da doença.
Afirmando que nunca viu um cenário parecido na cidade antes, dentre as razões para essa situação, ele pontua que o fator climático contribuiu, já que o El Niño trouxe chuvas rápidas seguidas de dias com altas temperaturas, facilitando a proliferação do mosquito.
Outro ponto seria o grande número de casos de chikungunya no Paraguai, sendo que muitos casos diagnosticados no Paraná como dengue podem, na verdade, ser chikungunya.
O secretário reforçou a importância de que o trabalho realizado pelas equipes de combate às endemias aconteça, mesmo fora dos períodos mais severos da dengue. “Nós sabemos que tem dengue, nós sabemos que tem mosquito, mas nós não podemos deixar explodir. É essa a nossa lógica”, afirma.
Até o momento, Apucarana já recebeu cinco ciclos de fumacê, mas outros dois foram liberados, já que a quantidade de mosquitos alados não baixou na cidade. “Enquanto está sendo feito o fumacê, tem que ser feita a remoção mecânica dos focos, tem que fazer visitação nos quintais, tem que observar tudo, tem que jogar larvicida”, cobra.
Batendo na tecla da dengue há décadas, Preto afirma que a situação anômala da doença na cidade foi detectada ainda no mês de novembro e que o município foi avisado sobre a situação, inclusive através de videoconferências e visitas presenciais.
“Os número já estavam ficando acima do normal e aí nós notificamos o tempo todo, infelizmente ainda no período de festas houve recesso das equipes de vigilância em saúde, as visitas nos domicílios não foram feitas a contento e aí [houve] a explosão de casos”, relata, complementando que a situação é tão atípica na cidade que existe a presença visual dos mosquitos nas casas.
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