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Especialista da ONU fala sobre desastres ambientais

Rosana Félix - Folha do Paraná
19 ago 2001 às 15:41

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Muito dinheiro e treinamento são duas coisas fundamentais para prevenir e reparar acidentes ambientais. É preciso dinheiro e estrutura para educar as pessoas a cuidarem do meio ambiente e treinamento para atuar em caso de algum desastre. Essa é a avaliação do chefe da Seção de Emergências Ambientais da Organização das Nações Unidas (ONU), Vladimir Sakharov.
Sakharov esteve em Curitiba para participar de um seminário do Centro de Apoio Científico em Desastres (Cenacid) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ele é tido como o maior especialista do mundo na área e teve participações no desastre nuclear de Chernobyl, há 15 anos e no grande incêndio que atingiu a floresta amazônica em Rondônia, em 1998.
"Muitas coisas podem ser recuperadas após a ocorrência de um acidente, mas a sociedade em geral vai gastar bastante dinheiro com isso, em vez de gastar em educação, por exemplo", afirmou Sakharov. Segundo ele, é preciso investir em pessoal qualificado para, por exemplo, dar palestras às populações nativas do Brasil, que há séculos realizam a queima de áreas verdes para a agricultura. "Essa prática é normal, podemos conviver com isso, mas é preciso haver cuidado, porque a maior parte dos acidentes é causado por falha humana." Na avaliação de Sakharov, a sociedade está mais consciente dos riscos de acidentes, mas é preciso mais incentivos.
A convite do Cenacid, o especialista esteve no Porto de Paranaguá, para detectar alguns pontos problemáticos. "Há vários problemas lá, como em qualquer outro país. Como os trabalhadores lidam bastante com soja, há risco de ocorrerem explosões por causa da poeira que é levantada", explicou.
Sakharov elogiou a iniciativa da UFPR em criar um centro para atuar em desastres ambientais. "Eles estão criando uma força própria para trabalharem e estarem melhor preparados em caso de necessidade. Nós estamos muito interessados nisso, porque queremos dividir experiências", afirmou. Ele elogiou também a atuação o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovavéis (Ibama).
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