A frente fria que avança pelo Paraná chega com menos intensidade no Norte do Estado. Enquanto a massa de ar frio derruba as temperaturas para os 12°C de mínima em Curitiba, e 11° em Guarapuava; em Londrina, os termômetros devem marcar entre 17° e 28° nos próximos dias. Porém, na sexta-feira, as temperaturas já voltam a ultrapassar os 30°.
A boa notícia é que há previsão de chuva para Londrina no fim de semana. A probabilidade de pancadas de chuva é de 98% para o sábado e domingo, com precipitações estimadas entre 6mm e 10mm. Na região de Londrina, o índice pluviométrico acumulado desde março está 62% abaixo da média registrada no período. A seca leva preocupação ao campo, especialmente para o cultivo do milho, que está em fase de enchimento de grãos.
A estação meteorológica do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) registrou, em março e abril, um total de 137,7 milímetros quando o esperado era acima de 360 milímetros. O acumulado de chuvas totalizou 110,6 milímetros em março, 127,1 milímetros em abril e, em maio, até o momento, não choveu no Norte do Paraná. Em maio, até agora, nenhuma gota sequer de chuva caiu sobre o Norte paranaense. A média histórica para março é de 144,4 milímetros, para abril, 103,9 milímetros e em maio, 115,1 milímetros.
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Alerta geada
O IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) ativou nesta terça-feira (14) o serviço de Alerta Geada para este ano. A ferramenta mantida em conjunto com o Simepar avisa com três dias de antecedência e confirma com boletins até 24 horas antes o risco da formação do fenômeno climático que coloca em risco a produção rural.
Os avisos são amplamente difundidos por uma rede formada por órgãos públicos estaduais, prefeituras, cooperativas, associações rurais, técnicos e profissionais de agronomia, entidades comunitárias e veículos de comunicação. Além da agricultura, são beneficiados outros setores da economia como turismo, comércio e construção civil.
“O risco de geada configura-se com a aproximação de uma intensa massa de ar frio e seco em contexto de céu claro ou com poucas nuvens noturnas e vento calmo”, explica o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. O fenômeno ocorre com força suficiente para provocar queda expressiva da temperatura do ar até abaixo de zero grau no solo, causando a formação de gelo sobre plantas e objetos expostos ao relento. A geada negra caracteriza-se por ventos fortes constantes em temperatura muito baixa, condição que causa a morte do tecido vegetal das plantas sem formação de gelo nas superfícies.
No Paraná as geadas costumam ocorrer em junho, julho e agosto quando intensas ondas de ar frio atingem todas as regiões, com mais frequência no Sudoeste, Sul, Centro, Região Metropolitana de Curitiba e Campos Gerais. “Contudo, devido à influência do fenômeno climático La Niña no inverno e na primavera deste ano, são esperados anticiclones frios tardios também em setembro e outubro, com potencial para provocarem geadas nas regiões onde habitualmente são registradas as temperaturas mais baixas”, afirma Kneib.
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