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Gerente de fazenda é suspeito de matar patrão

Valmir Denardin - Folha do Paraná
12 fev 2001 às 12:13

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A Justiça de Antonina (Litoral do Estado) decretou ontem a prisão temporária, por cinco dias, do administrador da Fazenda Agrossam e do Haras Rio do Cedro, Valdomiro Alves da Cruz, de 36 anos, suspeito de ter assassinado o empresário curitibano Juarez Moreira Macedo, de 56 anos, dono da propriedade, localizada no município de Guaraqueçaba.

O crime aconteceu na madrugada de anteontem, na sede da fazenda, que tem 1,1 mil hectares, onde são cultivados 2 milhões de pés de palmito e criados cerca de 50 cavalos da raça andaluz. O corpo de Macedo foi encontrado às 5h30 de sábado, por Josias Nascimento Fontes, cunhado de Cruz e também funcionário da fazenda.

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Em depoimento, o administrador disse que deixara o patrão na casa principal com dois homens que teriam chegado por volta da 0 hora, em uma caminhonete S10, se dizendo amigos de Macedo. O agropecuarista foi morto com três tiros nas costas - dois disparados de um revólver calibre 38 e outro de uma arma ainda não identificada. Apenas duas armas foram roubadas da casa: um revólver e uma pistola calibre 380.

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Para o delegado Lino Lopes, autor do pedido de prisão, há três contradições no depoimento de Cruz, interpretadas como indícios de culpa: o empresário era um homem cauteloso e não teria permitido a entrada de estranhos àquela hora, não há provas de que os dois homens tenham realmente estado no local e, no sábado, o administrador pediu a seu cunhado para ir à sede, e não foi pessoalmente, como fazia todos os dias.


A família de Macedo também suspeita de Cruz. "Tudo levar a crer que foi ele. Ele e o meu pai tinham uma disputa por terras, mas a família nunca teve conhecimento do que acontecia entre eles", disse Fernanda, filha do empresário.

A Folha apurou que o empresário estava em crise financeira e Cruz, seu empregado há 11 anos, estaria comprando materiais para a fazenda com seu próprio dinheiro. Ao saber que o agropecuarista estava vendendo a propriedade, o administrador estaria tentando cobrar a dívida, calculada por ele em R$ 300 mil. A propriedade estaria sendo negociada por R$ 12 milhões com um grupo norte-americano. A informação não foi confirmada pela família. (Colaborou Luciana Pombo)


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