O Paraná tem uma atuação pioneira em nível mundial na recuperação da biodiversidade. As principais ações que vêm sendo adotadas foram discutidas durante o primeiro Seminário de Divulgação Conceitual do Programa Paraná Biodiversidade realizado nesta terça-feira, em Cascavel, que reuniu mais de duas mil pessoas.
O objetivo do programa é interligar os remanescentes dos ecossistemas paranaenses, formando os corredores da biodiversidade.
De acordo como Secretário de Meio Ambiente, Luiz Edurado Cheida, o isolamento das áreas naturais, transformando-se em pequenas ilhas, ocasiona a perda da biodiversidade diversidade e no aumento de espécies ameaçadas de extinção.
Leia mais:
Cinco livros para conhecer obra literária de Dalton Trevisan, morto aos 99 anos
Paraná pode ter 95 colégios dentro do programa Parceiro da Escola a partir de 2025
Arapongas e Cambé alertam para golpe do alvará de funcionamento
Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná
Considerado uma das iniciativas mais inovadoras para a América Latina, o Projeto Paraná Biodiversidade prevê investimentos de 32 milhões de dólares, sendo 8 milhões de dólares doados pelo Banco Mundial e outros 24 milhões de dólares do governo do Estado, através do Programa Paraná 12 Meses.
O Paraná Biodiversidade inclui também a readequação da propriedade, enquanto em outros locais os corredores de biodiversidade são feitos apenas utilizando apenas os espaços físicos.
"É a curva de nível, a mata ciliar, a reserva legal e a redução e até a não utilização do agrotóxico. São práticas altamente equilibradas que garantem o pioneirismo do Paraná", declarou Cheida.
O Programa, que terá duração de quatro anos, prevê o planejamento de 280 bacias hidrográficas, conservação da biodiversidade em 336 mil alqueires, plantio anual de 20 mil alqueires de mata ciliar, educação ambiental em 504 escolas municipais e estaduais e a capacitação de 20 mil produtores rurais.
Na primeira fase do Programa serão envolvidos cerca de 63 municípios e mil propriedades rurais. Técnicos do IAP e Emater irão trabalhar nas propriedades localizadas na região onde estão os três corredores da Biodiversidade: Araucária (região de Guarapuava), Iguaçu – Paraná (região de Cascavel) e Corredor Caiuá-Ilha Grande (região de Umuarama), que estão localizados nas Unidades de Conservação e margens dos principais rios do Paraná.
O programa vai incentivar o desenvolvimento de ações de proteção das áreas naturais, por intermédio de ações específicas e meios de produção compatíveis com a conservação da biodiversidade.
O uso dos recursos naturais de maneira ambientalmente correta, estímulos de agricultura orgânica e agroflorestal, turismo rural e de aventura, entre outros, favorecem a recuperação de áreas potenciais para a implantação de corredores ecológicos.
De acordo com levantamento feito por técnicos da Emater, já foram identificadas
propriedades onde a agricultura já deu certo, mas atualmente não produz mais pelo fato de não ter sido compartilhado o uso da terra com outra práticas conservacionistas.
Os técnicos do IAP serão responsáveis pelo controle e proteção da biodiversidade nas ações de conservação dos recursos naturais, já os técnicos da Emater vão atuar em ações para a sustentabilidade da produção agrícola e qualidade ambiental, convencendo os pequenos produtores rurais que vivem em áreas próximas aos corredores da necessidade de promover a conservação da natureza, recuperando a mata ciliar.
A Polícia Florestal vai disponibilzar 130 homens para atuarem na fiscalização dos três corredores, evitando atividades ilegais como a caça, pesca, desmate e derrubada de árvores nas áreas de preservação permanente.
Fonte: Agência Estadual de Notícias