Amparado em ordem judicial, o governo do Estado usou a força de 700 policiais para retirar cerca de 150 pessoas - mulheres de policiais militares e PMs encapuzados - que há dez dias bloqueavam a entrada do Quartel Geral da Polícia Militar, na região central de Curitiba, onde funciona o comando estadual da corporação.
As reivindicações do movimento são reajuste salarial de 38% e anistia aos policiais que participaram de greve, em maio passado, e agora estão sendo punidos. O governo alega que não pode dar aumento para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal e que as punições estão amparadas em lei.
Houve prisões de mulheres de policiais. Mas os números de detidas são conflitantes. O coronel Aramis Serpa, comandante da operação, disse que foram presas três mulheres "que estavam exaltadas e avançaram contra os policiais". Segundo as líderes do movimento, ocorreram cinco prisões. As detidas foram levadas para o 2º Distrito Policial.
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A operação para a retirada dos participantes começou às 12 horas, com o recrutamento dos policiais, e só foi concluída depois das 19 horas. Foram empregados policiais do Batalhão de Choque, do Comando de Operações Policiais Especiais (Cope), praças da Escola da PM e 91 policiais femininas. A maioria retirou da farda a tarja de identificação.
Depois de fechar as ruas que cercam o quartel, o efetivo começou a retirar os manifestantes. Muitas mulheres deitaram no asfalto. Outras chutaram as viaturas e tentaram agredir os policiais que cumpriam a ordem judicial. Uma desmaiou. As prisões ocorreram neste momento.
Após a retirada das barracas que o grupo mantinha no local, o portão principal do quartel foi aberto. Com a retirada dos manifestantes, uma barreira policial isolou o quartel.
No início da noite, um pequeno grupo de manifestantes ainda permanecia acampado em frente ao 14º Batalhão da PM em Foz do Iguaçu.