O Hospital de Clínicas de Curitiba (HC) poderá agora diagnosticar com maior precisão a osteoporose e acompanhar os pacientes portadores desta e de outras doenças ósteo-metabólicas. O Serviço de Endocrinologia e Metabologia do HC passa a contar com um aparelho de Densitometria Óssea, que permite diagnóstico precoce do enfraquecimento dos ossos.
O equipamento já está em operação no HC há dois meses, mas atendendo apenas os pacientes do ambulatório, informou a médica Carolina Moreira Kulak, do Serviço de Endocrinologia. A entrega oficial do aparelho marcará a ampliação do uso em todo o hospital. Ele foi doado pelo professor americano John Bilezikian, da Universidade Columbia, de Nova Iorque. Um equipamento novo custa em média U$ 70 mil.
A possibilidade de diagnosticar e tratar pacientes com osteoporose abriu espaço para que o Serviço de Endocrinologia do HC fosse escolhido para ser um dos centros brasileiros que irão participar de uma pesquisa mundial sobre um novo medicamento para tratar a doença. Carolina disse não poder adiantar o nome da droga. Ela e a médica Victória Cochinski Borba serão as coordenadoras do trabalho, que deve começar em três meses.
Leia mais:
Programa Mulher Segura reduz em 37% número de feminicídios em 20 cidades
Sesa reforça gratuidade dos serviços ofertados pelo SUS
Prefeitura de Cambé abre PSS para contratação de agentes de combate às endemias
BR-376 é bloqueada após deslizamento de terra em Nova Esperança
Carolina explicou que não há outra forma de diagnosticar a osteoporose. Com o raio x - como era feito o diagnóstico - só é possível perceber a doença quando ela está num estágio avançado. O aparelho de Densitometria permite idenficar a doença, quando ela se encontra numa fase intermediária, chamada pelos médicos de osteopenia. O tratamento, nesses casos, é mais efetivo.
Entre as doenças ósseo-metabólicas mais comuns, Carolina cita o hiperparatireoidismo, que atinge o esqueleto com perda de massa óssea pelo aumento de hormônio no organismo. Nos casos de hosteogenese imperfeita, a criança já nasce com alteração no esqueleto e pode, inclusive, sofrer fraturas ainda no ventre da mãe. Há ainda o raquitismo e a osteomalácea, que são decorrentes da deficiência de vitamina D.
Segundo Carolina, não existem estatísticas sobre o número de brasileiros que são atingidos pela osteoporose. "Nos Estados Unidos, estima-se que 20 milhões de mulheres têm a doença." O ambulatório do HC, afirmou a médica, atende cerca de 20 pessoas por semana.
A formação de 60% do nosso esqueleto é determinada pela genética, informou Carolina. Por isso, as pessoas que têm histórico de fratura na família devem ser mais cuidadosos porque têm muito mais chance de desenvolver a osteoporose. Para se prevenir, a médica recomenda dieta rica em cálcio, atividade física, exposição ao sol e evitar o tabagismo.