As estações de medição da qualidade do ar operadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) detectaram a provável presença de cinzas do vulcão chileno Puyehue na atmosfera da região metropolitana de Curitiba. De acordo com o boletim semanal da qualidade do ar semanal divulgado nesta sexta-feira (21), o aumento dos índices de partículas em suspensão foi registrado na madrugada de terça para quarta-feira (18 e 19), mas não prejudicou a qualidade do ar.
"Constatamos o aumento de suspensão das partículas nas estações do Boqueirão, Ouvidor Pardinho e em Araucária", explica o diretor de Padrões Ambientais do IAP, Alberto Baccarim.
As estações, que medem a quantidade de partículas suspensas no ar a cada três segundos, apontaram que a dispersão do material particulado (provavelmente, cinzas) começou a chegar na capital a partir das 21 horas do dia 18, atingindo o nível máximo de precipitação entre a meia-noite e as 3 horas do dia seguinte. Os gráficos também mostram que os índices foram diminuindo até às 15 horas do dia 19, porque as cinzas se depositaram no solo da região.
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"A chegada dessas partículas foi percebida porque se observou um aumento significativo e rápido dos índices, principalmente durante as horas de pico", diz o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto.
A chefe do Departamento de Tecnologia Ambiental e Emissões Atmosféricas do IAP, Dirlene Cavalcanti, afirma que o aumento dos índices de suspensão das partículas não prejudicou a qualidade do ar na região de Curitiba durante os dois dias. Segundo ela, os níveis se mantiveram aceitáveis (entre bom e regular) e seguiram os padrões recomendados pela legislação nacional. "Somente as pessoas mais sensíveis sentiram algum efeito das partículas no ar ao respirar", diz.