O cumprimento de uma decisão da Vara da Fazenda de SJP gerou protesto hoje, no Aeroporto Internacional Afonso Pena. Taxistas não habilitados para trabalhar na Cidade – e que tiveram a atuação temporariamente permitida pela Prefeitura – foram proibidos de rodar a partir de hoje. A decisão causou revolta em 125 profissionais, que fizeram manifestação nesta tarde, no pátio do Aeroporto.
"Hoje temos 432 taxistas habilitados ao trabalho no Município. Estes participaram de uma licitação em 2012 e tiveram suas licenças autorizadas. Já outros 125 atuavam com permissão temporária da Prefeitura, que hoje precisou cumprir a decisão da Justiça", explica o presidente do Sindicato dos Taxistas de SJP , Arnaldo Ribeiro.
Segundo ele, a licitação de 2012 foi mal preparada e os taxistas ficaram desinformados, cometendo erros primários, o que resultou na inabilitação. "Entendemos como uma injustiça a pessoas que trabalharam a vida inteira e agora são obrigadas a parar."
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A permissão temporária dos não contemplados no processo licitatório de 2012 foi revogada em dezembro do ano passado pela Prefeitura, com prazo até o final da nova licitação, em trânsito. "Porém, a Justiça pediu a nulidade do decreto em vigor, obrigando-nos a fazer com que os permissionados parem imediatamente de atuar em SJP", ressalta o Secretário municipal de Transporte e Trânsito, Adriano Muhlstedt.
De acordo com ele, todos os taxistas tiveram a chance de participar da nova licitação, aberta este ano. "Tomamos todos os cuidados para que este novo processo não fosse questionado, com informações claras e oportunidade para todos participarem e se habilitarem."
Depois de finalizada e homologada a licitação, os taxistas contemplados precisam cumprir o que apresentaram na proposta do edital. Só então podem assinar contrato com o Município, apresentar o veículo e começar a trabalhar. "Por determinação judicial, quem não tiver a habilitação vai ter que parar de operar em SJP", conclui o secretário.
Atualmente, para atuar no Município, os profissionais participam de um rodízio, no qual trabalham uma semana na cidade e duas no Aeroporto. "Achamos que a Copa traria mais trabalho mas tivemos uma queda de 30% no número de passageiros neste período", destaca o presidente do Sindicato dos Taxistas de SJP.
Uma nova manifestação está prevista para amanhã, em frente ao Tribunal de Justiça do Paraná. Os taxistas irão pedir a suspensão da decisão.