O índice de infestação de dengue em Curitiba está abaixo de 1%, de acordo com parâmetros da Coordenação Nacional do PNCD (Plano Nacional de Combate à Dengue). O primeiro foco do mosquito em Curitiba foi registrado em 1998. Neste mês de janeiro, foram registrados apenas três focos.
O baixo índice é resultado das ações para controle do mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti, feito há nove anos pela Secretaria Municipal da Saúde. "Desde o início do trabalho, as equipes de agentes da Secretaria da Saúde de Curitiba orientam a população sobre como eliminar e evitar criadouros do mosquito", diz a coordenadora do programa de controle da dengue, Márcia Saad.
Estas equipes também fazem pesquisas em residências, comércios, pontos estratégicos e terrenos baldios para detectar, eliminar e tratar focos do vetor. Outros pontos de atenção são as BRs 227 e 476 (antiga 116) que cortam a cidade.
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"Ao longo das rodovias estão depósitos de ferro velho, comércio de carros sinistrados, auto peças e borracharias que podem ser pontos de proliferação do mosquito", afirma. Devido ao alto risco, estes pontos são monitorados quinzenalmente pelos agentes de controle da dengue. Dados obtidos a partir de 1998 confirmam que esses locais foram os que mais contribuíram para a proliferação de Aedes aegypti na cidade.
Casos - Atualmente o Programa de Combate à Dengue conta com 16 equipes de trabalho de campo, totalizando 135 agentes de controle de vetores que, diariamente, pesquisam focos do mosquito, através de amostragem em 33% do total de imóveis existentes em Curitiba. Isto significa que a cada quatro meses há um levantamento de índice de infestação do mosquito Aedes aegypti no município.
A pesquisa quinzenal é feita em 800 pontos estratégicos, locais de grande concentração de depósitos e acúmulo de água, o que propicia a atração de mosquitos para postura dos ovos. "Quando é detectado um foco (formas imaturas ou adultas) do mosquito, imediatamente é iniciado o tratamento químico com larvicidas específicos ou adulticidas", explica Márcia Saad.
Também são feitas pesquisas em armadilha. Neste caso o monitoramento é semanal para detecção precoce de infestação. Elas são instaladas em locais considerados portas de entrada do vetor adulto como aeroportos, terminais rodoviários, terminais de cargas e empresas de ônibus.
Outra modalidade para detectar a presença do mosquito é a pesquisa vetorial especial que é a procura de focos do Aedes aegypti feita pela população e comunicada pelo telefone 156. As equipes de agentes também fazem ações educativas em cada inspeção do imóvel. O agente orienta o morador e mostra soluções possíveis para a eliminação de criadouros do mosquito.