O julgamento dos acusados de tortura e tentativa de homicídio contra um camaronês em um navio na costa brasileira segue pelo segundo dia nesta terça-feira (13). A expectativa é que o resultado do julgamento seja proferido ainda na noite de terça. A apreciação do caso é realizada no Tribunal do Júri do Estado do Paraná na cidade de Paranaguá, Litoral do Estado, e teve início na segunda-feira (12).
Odobo Happy Wilfred, camaronês, acusou tripulantes de um navio de o terem agredido e jogado ao mar durante uma viagem feita entre o litoral africano e a costa brasileira. Ele entrou clandestinamente no navio e, após ser descoberto, teria sido agredido por tripulantes. Cinco tripulantes são suspeitos dos crimes, entre eles quatro turcos e um georgiano.
Nesta terça-feira, o julgamento entrou em fase final. Pela manhã, os cinco acusados terminaram de ser ouvidos pelo advogado de defesa e pela promotoria do Ministério Público Federal (MPF), que cumpre a parte acusadora do caso. Três foram ouvidos hoje e dois réus já haviam falado no tribunal na segunda, quando também foram ouvidas as testemunhas e a suposta vítima.
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Durante a tarde começaram os debates entre a acusação e a defesa. Por volta das 16 horas, o promotor do MPF estava com a palavra. O representante do órgão defendia a tese de que o camaronês Wilfred teria mesmo sofrido agressões e foi jogado ao mar na altura da costa paranaense.
Na sequência do julgamento, o advogado dos cinco réus deve tomar a palavra para tentar convencer os sete jurados sobre a versão dos acusados. Na segunda-feira, um dos álibis utilizados pela defesa, segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal do Paraná (JFPR), foi relatar um histórico de clandestinidade do camaronês em navios – segundo o advogado, ele teria entrado de forma irregular em navios em outras quatro oportunidades.
Depois da defesa, será a vez dos jurados se reunirem e votarem sobre a sentença ou absolvição dos réus, o que deve ocorrer, segundo a assessoria da JFPR, entre as 8h e 10h desta terça-feira.