O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu nesta sexta-feira (24) que o ruralista Alessandro Meneghel cumpra prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica.
A mãe do ruralista passa por tratamento de câncer e, por isso, a liberdade condicional foi concedida. Esta autorização havia sido concedida também em julho de 2016. Ele cumpria prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica desde então.
O julgamento, que deveria ter sido realizado em março de 2016, foi suspenso e prorrogado, mas aconteceu nas últimas terça e quarta-feira (21 e 22), em Curitiba. Meneghel ficou preso no Centro de Triagem 1, em Curitiba, desde a última quinta-feira (23).
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Ele foi condenado na madrugada de quinta a 34 anos e seis meses de prisão em regime fechado pela morte do policial federal Alexandre Drummond. O caso ocorreu em abril de 2012, em Cascavel (região Oeste do estado).
Também nesta data, o advogado de defesa do réu, Cláudio Dalledone, disse que iria solicitar a anulação do julgamento. Ele considera que a defesa foi cerceada.
A condenação de Meneghel foi pedida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que considera que ele matou o policial federal por motivo torpe. Meneghel confessou que matou o policial, no entanto, deixou claro que foi por legítima defesa.
Câmeras de segurança registraram o crime. As imagens mostram quando o ruralista passa em uma caminhonete e atira contra o policial de folga. Em seguida, dá ré, atira novamente e se evade do local. O policial morreu a caminho do hospital.
Meneghel foi preso neste mesmo dia. Foram apreendidas com ele uma pistola 9 mm e uma espingarda calibre 12.
A reportagem entrou em contato com o advogado Cláudio Dalledone, mas sem sucesso até o momento.