O governador Jaime Lerner sobrevoou, pela manhã, a região da Serra do Mar onde ocorreu o derramamento de óleo do duto da Petrobras e garantiu que o Estado deve exigir que a empresa pague a penalidade máxima prevista em lei. O governador também criticou a atuação da Petrobras. "Não dá para qualificar a empresa como um todo, mas a Petrobras demorou para agir e espero que quem ocultou os fatos sobre os números iniciais do vazamento seja responsabilizado", disse, referindo-se à divulgação inicial por diretores da Petrobras de que apenas 1,2 mil litros de óleo teriam vazado do duto em direção aos rios.
"Não vamos abrir mão da defesa do acervo ambiental do estado", afirmou, dizendo-se "desolado" com a paisagem que assistiu do helicóptero. Para ele, apesar do derramento ter sido inferior ao ocorrido em julho do ano passado nos rios Barigui e Iguaçu, esta é uma "tragédia ambiental tão grave ou até maior do que a anterior", uma vez que o desastre aconteceu em uma área da Mata Atlântica mais bem preservada do País, definida como reserva da biosfera pela Unesco.
O governador falou, ainda, da importância da área dos manguezais do litoral paranaense, já atingido pelo óleo, como um dos berçários aquáticos mais importantes da América do Sul.
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A prioridade, agora, para o governador, é resolver a situação o mais rápido possível. Nesse sentido, ele ressaltou o trabalho integrado que vem sendo feito pelos órgãos ambientais, sob a coordenação da Defesa Civil, desde o momento do desastre.