Só 26% dos brasileiros entre 15 e 64 anos dominam completamente a leitura e a escrita. Outros 65% são alfabetizados, mas têm deficiência nessas habilidades. O analfabetismo brasileiro atinge 9% da população. Os dados são os primeiros resultados de uma pesquisa feita pelo Instituto Paulo Montenegro, entidade ligada ao Grupo Ibope que se dedica a projetos sociais na área da educação, em parceria com a organização não-governamental Ação Educativa.
Foram entrevistadas e avaliadas 2 mil pessoas em todo o País. A amostra foi calculada para ter representatividade nacional. Os dados compõem o 1.º Indicador de Alfabetismo Funcional do País. A idéia é refazer a pesquisa a cada ano, para avaliar a evolução da alfabetização.
O levantamento dividiu o alfabetismo em três níveis. Quem só consegue ler textos muito curtos, como títulos ou anúncios, se encaixa no alfabetismo nível 1. O nível 2 inclui essa habilidade e ainda a capacidade de compreender textos maiores, como uma reportagem pequena de jornal. O indivíduo que se encaixa no alfabetismo nível 3 domina a leitura de textos longos.
Segundo Vera Masagão, da Ação Educativa, o ensino fundamental (que inclui da 1ª à 8ª série) deveria dar condições para que o indivíduo dominasse as habilidades de escrita e leitura e se enquadrasse no nível 3. Mesmo assim, a pesquisa detectou que apenas 42% das pessoas com ensino fundamental completo ou ensino médio incompleto dominam escrita e leitura. O restante se enquadra no alfabetismo nível 1 (13%) e nível 2 (44%).
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