O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) encaminhou esta manhã comunicado oficial à imprensa no qual diz que a greve da categoria, programada para começar neste sábado (21) nas 23 unidades prisionais do estado, está mantida.
O presidente da entidade, Clayton Agostinho Auwerter, diz, em nota que "o Comando Central de Greve vem a público declarar que não recebeu notificação oficial desta decisão e, portanto, mantém todas as decisões deliberadas pela categoria de Agentes Penitenciários na Assembleia Geral Extraordinária, as quais já foram comunicadas ao governo e a sociedade paranaense".
Se houver notificação, diz Auwerter, o sindicato acatará a decisão da 3ª Vara da Fazenda Pública, em Curitiba, e suspenderá a greve, porém, manterá "as mobilizações em favor da pauta de reivindicações".
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O principal motivo da greve é protestar contra a morte de um agente penitenciário de Londrina Walter Giovani de Brito, 26 anos, que foi assassinado a tiros. Investigação da polícia revelou que o motivo da morte foi uma briga de trânsito. Apesar disso, os agentes entendem que ele foi vítima de vingança em razão da profissão. Por causa disso, a categoria quer autorização para porte arma fora do local de trabalho.
Os agentes também querem mudanças na escala de trabalho, que hoje é de 12 horas de plantão e 36 de descanso. A proposta é 24 horas de trabalho e 72 de descanso. Também pleiteiam aposentadoria especial, após 25 anos de trabalho, liberação para permutas e transferências de agentes entre unidades, e reajuste da gratificação de R$ 1,5 mil, que está congelada desde 2005, segundo o Sindarspen. O salário de um agente é de R$ 900, aproximadamente.
A ideia da greve, segundo Auwerter, é manter apenas os serviços essenciais, como a vigilância dos presos, escolta para cumprimento de ordens judiciais e emergências médicas e entrega de alimentação. Serão suspensas, portanto, as atividades relativas à assistência judiciaria, social, psicológica, pedagógica ou banho de sol.