O processo criminal contra Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, 59 anos, denunciada pelo MPPR (Ministério Público do Paraná) em dezembro de 2007 pela morte da própria filha, terá prosseguimento. Ela é acusada de assassinar a própria filha, Andréa Rosa de Lorena, para ficar com a guarda do neto.
A mulher foi presa no último sábado (11) e estava foragida por quase 17 anos. A mulher estava usando o nome "Lourdes", de acordo com o 10° Batalhão da PM, em Marilândia do Sul, cidade onde a ré foi presa. Ela foi localizada dois dias após o programa Linha Direta apresentar o caso, que chocou o país em 2007. O programa recontou a história que ocorreu em Quatro Barras.
Além da mulher, o seu então marido (padrasto da vítima), Everson Luiz Cilian, também estava foragido. Ele seria o possível coautor do crime, segundo o MPPR. O suspeito foi preso em 2023, em Apucarana, e está preso até hoje. O ex-marido da ré vai a julgamento pelo Tribunal do Júri de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, nesta quarta-feira (15).
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Conforme determina o Código de Processo Penal (artigo 366), o processo ficou suspenso, pois os denunciados estavam foragidos. Desde aquela época, o MPPR requereu a prisão preventiva de ambos.
As ações penais contra os dois foram desmembradas, de modo que cada um dos réus responde a uma ação específica – o processo referente ao denunciado prosseguiu, e ele será julgado em Campina Grande do Sul, comarca que então abrangia também o município de Quatro Barras, local em que ocorreu o crime.
JÚRI POPULAR
A mulher ficou foragida por 17 anos e foi presa no sábado em Marilândia do Sul. Ela foi encaminhada à Cadeia Pública Feminina de Londrina, onde permanece presa à disposição do Judiciário. O Ministério Público requisitará o andamento da instrução processual, para posterior manifestação de pronúncia do Ministério Público, a fim de que a acusada também seja levada a Júri Popular. O MPPR pedirá o aproveitamento das provas já produzidas na ação penal contra o ex-marido da ré.
O QUE DIZ A DEFESA DA RÉ
A defesa de Tânia Djanira Melo Becker de Lorena afirma que a ré é inocente. Marcos Pavinato, advogado de defesa de Tânia, enviou nota à imprensa na tarde desta segunda-feira (13). "Tânia é inocente, o tempo e o processo irão revelar a verdade dos fatos, trabalharemos norteados por essa máxima. Nosso foco é ofertar uma defesa técnica e justa para o caso que possui muitos detalhes e problemas inexplorados. Acreditamos que a justiça será feita independente da tamanha comoção. Há muito o que mostrar dentro da situação."
O CASO
O caso ocorreu em fevereiro de 2007, em Quatro Barras. Na ocasião, a vítima (Andréa) morava com a mãe (Tânia) e seus dois filhos: Lucas, de 5 anos, e uma bebê de 9 meses. Andréa sofreu um acidente de moto e foi morar na casa do pai. Tânia decidiu manter a guarda do neto Lucas. Neste momento, começou um conflito judicial com a própria filha. Andréa e as crianças desapareceram após um almoço.
Tânia e seu então companheiro, Everson Luiz Cilian, visitaram Andréa para um almoço em família, junto com Juliano Saldanha, que era o companheiro de Andréa. Em seguida, Juliano saiu para trabalhar. Quando voltou para casa só encontrou Tânia, Everson e as crianças.
Juliano perguntou onde estava Andréa, mas Tânia disse que a filha saiu com a sua irmã. No entanto, Andréa já estava morta. Juliano acionou a polícia. Dois dias depois, ele descobriu o corpo de Andréa escondido sob a cama do casal, estrangulada com um fio elétrico.
(Com informações do MPPR e Folhapress)