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Mundo Árabe isola o Afeganistão

Redação - Folha do Paraná
26 set 2001 às 09:10

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Pessoas abandonam o prédio da embaixada afegã em Riad, após o fim das relações da Arábia com o Afeganistão
- France Presse
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A Arábia Saudita não tem mais relações governamentais com o Afeganistão e a ditadura militar e religiosa Taleban, que controla o país. A decisão foi justificada pelos sauditas porque os afegãos estariam deturpando o Islã e abrigando terroristas. O Paquistão torna-se, então, o único país a aceitar o Taleban como governo.
De acordo com o governo da Arábia Saudita, o Taleban "continua a usar sua terra para abrigar, armar e encorajar esses criminosos a praticarem ataques terroristas que assustam os inocentes e espalham horror e destruição no mundo". De acordo com a declaração, os ataques "difamam a reputação do Islã e dos muçulmanos no mundo". No entanto, os sauditas afirmam que vão apoiar "qualquer medida necessária para alcançar a segurança, estabilidade e prosperidade para o povo muçulmano". Com a medida, a ofensiva norte-americana terá maior facilidade na possível guerra contra o Afeganistão, já que os afegãos ficaram isolados no mundo árabe.
O presidente George W. Bush elogiou e agradeceu a decisão do governo saudita, assim como os Emirados Árabes Unidos, que já haviam rompido laços com o Taleban no sábado.
Bush também notificou oficialmente ao Congresso norte-americano sobre a mobilização das tropas para a captura do suspeito dos atentados do dia 11 de setembro, Osama Bin Laden, e o combate contra o terrorismo. As operações - antes batizadas de "Justiça Infinita"- passaram a ser chamadas de "Liberdade Duradoura".
Enquanto isso, o FBI - a polícia federal norte-americana - não tem tido muito sucesso em suas investigações. Até agora, o único avanço está na previsão de novos ataques: a polícia conseguiu reunir pistas sobre possíveis ataques de armas bacteriológicas, radiológicas ou nucleares.
Até o momento, os 7 mil agentes do FBI capturaram 352 pessoas e outras 400 foram procuradas para interrogatório. Cerca de 3.400 intimações foram emitidas em todo o território norte-americano.
Em Nova York, chefe dos bombeiros da cidade, Thomas von Essen, afirmou que as chances de encontrar mais sobreviventes nas ruínas do World Trade Center é a mínima possível."Estou a ponto de admitir que todos estão mortos", destacou em entrevista à CNN. "Quanto mais o tempo passa, mais as famílias aceitam o fato de que são mínimas as possibilidades de que alguém ainda esteja vivo", disse.
O prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, informou que o número de desaparecidos é de 6.398 pessoas, e que foram recuperados 279 corpos. O número de pessoas dadas como desaparecidas "mudou e vai continuar mudando", avisou Giuliani, destacando a dificuldade na contagem das vítimas.
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