Após paralisação total dos ônibus em Curitiba, a desembargadora do Tribunal Reginal do Trabalho (TRT) no Paraná, Ana Carolina Zaina, determinou que, a partir da manhã desta quinta-feira (27), 50% da frota do transporte retorne às ruas da capital e demais cidades da região metropolitana. Na tarde desta quarta-feira (25), os ônibus já haviam voltado a circular, também por determinação da Justiça, com 30% da frota em horários normais e 40% em horário de pico.
A paralisação da categoria, que chegou a ter todos os ônibus parados o que causou vários transtornos no trânsito da capital. O Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) não cumpriu a determinação de colocar parte dos ônibus em circulação, mesmo sujeito a multa de R$ 10 mil por dia.
Para diminuir o caos no trânsito, a Urbs (Urbanização de Curitiba) cadastrou carros para transporte alternativo, com cobrança de R$ 6 por passageiro. Para se cadastrar, os proprietários tinham que ir até a sede da Urbs para que os veículos passassem por vistoria e credenciamento. Até o final da tarde desta quarta-feira, 450 veículos haviam sido cadastrados.
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Mesmo assim, a paralisação causou transtornos no comércio. Várias lojas mantiveram as portas fechadas por falta de funcionários durante o dia.
Conciliação - durante o dia, membros do Sindimoc e do Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo (Setransp) estiveram em audiência de conciliação no TRT. A categoria pede reajuste de 16% para motoristas e 22% para cobradores, mas os empresários querem apenas dar a reposição inflacionária, de cerca de 5%.
A desembargadora chegou a pedir, por diversas vezes, aumento real nos salários para se chegar a um acordo. "Todas as decisões que passaram pelo TRT tiveram proposta de aumento real pelo patronal", disse Ana Carolina. Até o fechamento da edição, a desembargadora havia sugerido aumento de 10,5%, o mesmo do dissídio coletivo de 2013, porém, sem acordo com entre as partes.
A audiência ainda transcorria no TRT até as 18h20 desta quarta-feira (26). (atualizado às 18h26)