A Defesa Civil do Paraná alerta os moradores das regiões Oeste, Sudoeste, Central, Norte e Norte Pioneiro para o risco de novos temporais na tarde e noite desta quarta-feira (9). As chuvas e o vento forte que atingiram o Paraná entre a noite de segunda-feira (7) e a tarde de terça-feira (8) deixaram 122 pessoas desabrigadas, provocaram danos em 2.838 casas e afetaram mais de 17,7 mil moradores em 48 municípios do Estado.
Segundo o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, o último pedido de ajuda à Defesa Civil aconteceu às 15h desta terça-feira (8), na cidade de Assaí. Entretanto, ele lembra que o mau tempo pode causar mais estragos e é preciso que a população fique atenta. "A orientação é para que as pessoas evitem sair às ruas durante o período de chuva, especialmente se for necessário passar próximo de barrancos onde exista o risco de haver deslizamentos de terra", adverte.
O número de paranaenses prejudicados ainda é preliminar e só será possível determinar o nível de intensidade do desastre depois de finalizado um levantamento de danos. Até o momento, nenhum município do Paraná precisou decretar estado de emergência.
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CIDADES: Em Santo Antônio do Sudoeste, 350 casas foram destelhadas e dez residências foram destruídas. O número moradores alojados em casas de amigos e familiares chega a 650 e os abrigos públicos recebem 82 pessoas desabrigadas.
De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, a velocidade do vento chegou a 104 km/h no Sudoeste do Estado. No município de Pato Branco foram registrados cerca de 150 destelhamentos e mais de 1 mil pessoas afetadas. Em Cascavel, 145 residências foram destelhadas e 380 pessoas prejudicadas. Na mesma região, 610 moradores de Francisco Beltrão tiveram problemas causados pelo mau tempo. Na cidade de Renascença, 200 casas, quatro prédios públicos e três edificações comunitárias foram afetados pelo vendaval. Mais de 1.500 pessoas foram afetadas.
Em Pranchita, aproximadamente 100 residências foram afetadas pelo vendaval e duas residências foram destruídas. Também tiveram problemas os municípios de Ampére (180 pessoas afetadas), Manfrinópolis (74 moradores prejudicados), Palmas (255), Clevelândia (250), Pinhal do São Bento (800), Pérola do Oeste (8) e Cafelândia (90).
Na Região dos Campos Gerais, a cidade de Imbituva registrou 50 casas afetadas, 60 pessoas desalojadas e 40 desabrigadas. Em Ponta Grossa, mais de 104 casas foram afetadas e cerca de 40 arvores derrubadas. Em General Carneiro, mais de 800 pessoas foram afetadas. As cidades de Guarapuava, Cantagalo, Pinhão, Tibagi, Irati, Arapoti, Marquinho, Prudentópolis e Laranjeiras do Sul registraram destelhamentos e quedas de árvores.
No município de Primeiro de Maio, no Norte Pioneiro, ventos fortes e granizo feriram 14 pessoas, três delas de maneira grave. Também na Região Norte, os moradores de Jandaia do Sul e Rosário do Ivaí também sofreram com os danos relacionados às chuvas, nesta última, mais de 1.200 pessoas foram afetadas.
Na Região Metropolitana de Curitiba, foi registrado deslizamento de terra em Rio Branco do Sul, destelhamentos em Fazenda Rio Grande e Campina Grande do Sul. Em Tijucas do Sul 163 casas foram destelhadas. Pontos de alagamento foram notificados em Pinhais e Colombo. Na Capital, apesar da chuva, não houve registro de pedidos de atendimento junto à central de emergências do Corpo de Bombeiros devido ao mau tempo.
Em Guaratuba, no Litoral paranaense, aproximadamente 1.500 pessoas foram afetadas com as chuvas e o vento forte.
Segundo o Simepar, o tempo permanece instável no Estado e há previsão de pancadas de chuva com intensidade moderada, mas de forma mais localizada. As chuvas acumuladas até terça-feira (8) na rede de estações do Instituto Tecnológico indicam que, em apenas oito dias, os valores já se aproximam da média histórica de precipitação mensal.