Nem mesmo a hipótese de perda do título de Patrimônio Natural da Humanidade do Parque Nacional do Iguaçu está mobilizando os governos federal e estadual a impedir um possível descredenciamento. Neste mês, o assunto estará sendo discutido na reunião do World Heritage Committee, órgão ligado a Unesco, que será realizada em Cairns, na Austrália.
No entanto, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), a Secretaria de Meio Ambiente e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) não devem comparecer a reunião para tentar explicar porque a estrada está ocupada. Em janeiro de 1997, esse trecho foi invadido, contrariando decisão da Justiça que vetou o uso dos 17,6 quilômetros da rodovia.
O representante do Ibama no Paraná, Luiz Antônio Mello, disse que a susperintendência regional não preparou nada para apresentar na reunião da Unesco. "Qualquer medida deve ser tomada pelo Incra, em Brasília", disse. Porém, na sede nacional do instituto também não está organizada nenhuma ida a Austrália. Já a assessoria de imprensa do governo estadual informou que não cabe aos órgãos estaduais uma posição de defesa pela manuntenção do título internacional.
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O título de Patrimônio Natural da Humanidade foi conferido pela Unesco em 1986 e, no ano passado, a classificação foi alterada. O parque entrou na lista dos Patrimônios Mundiais em Perigo, por causa da Estrada do Colono, via de 17,6 km, que corta o parque, ligando as regiões oeste e sudoeste do Estado. A área do parque foi transformanda em parque em 1939.
Com a abertura forçada da estrada, os moradores restauraram a estrada, onde transitam carros que cortam o parque. A justiça já determinou a retirada deles para as polícias Militar do Paraná, Federal, Rodoviária Federal e a Capitania dos Portos, mas todos alegaram impossibilidade de ação. Por causa disso, há a possibilidade de uma intervenção federal, com objetivo de dar fim ao impasse.