Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Passeata faz governo suspender resolução das Apaes

Redação - Folha do Paraná
03 ago 2001 às 16:31

Compartilhar notícia

Passeata em Curitiba reuniu milhares de pessoas ligadas às Apaes - José Suassuna - Folha do Paraná
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A passeata que reuniu milhares de pessoas (pais, professores e alunos especiais de todo o Estado) em frente ao Palácio Iguaçu, pela manhã, conseguiu suspender temporariamente a Resolução 1596/01 que previa mudanças nos convênios entre a secretaria e as instituições.

O chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, em consenso com os seis integrantes da comissão da Federação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Fedapaes), Federação Brasileira das Instituições de Excepcionais (Fibiex) e Comissão de Educação terão definido, até a próxima sexta-feira, se a atual resolução será revogada, aprimorada ou modificada, se a antiga resolução (a 2615/96) será mantida ou se uma nova será criada.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Para tanto, na próxima segunda-feira, às 9 horas, acontece uma nova reunião no Palácio Iguaçu para que sejam debatidos os quatro pontos da resolução considerados conflitantes por ambas as partes.

Leia mais:

Imagem de destaque
Pedido não foi acatado

Pastor pede reconhecimento de vínculo trabalhista com igreja, mas Justiça do PR nega

Imagem de destaque
Edição 2025

Unespar aplica provas do vestibular neste domingo

Imagem de destaque
No Paraná

Programa Mulher Segura reduz em 37% número de feminicídios em 20 cidades

Imagem de destaque
Alerta

Sesa reforça gratuidade dos serviços ofertados pelo SUS


Alceni Guerra recebeu os integrantes da comissão para tentar um acordo por conta da pressão dos manifestantes. Depois de duas horas de negociações, o governo cedeu às reivindicações. "Acredito que na próxima semana realizaremos reuniões constantes para chegarmos a um consenso. Não podemos nos esquecer dos impactos financeiros que as modificações propostas possam causar", afirmou Guerra.

Publicidade


Os integrantes da comissão saíram satisfeitos da primeira conversa com o governo. "Fomos muito bem recebidos. Tivemos um bom diálogo com o chefe da Casa Civil e no prazo de sete dias teremos a solução para o problema", contou o presidente da Fedapaes, José Diniewicz.


As instituições querem que os alunos especiais maiores de 21 anos continuem sendo assistidos por professores especializados. Com a nova resolução, eles passariam a ser atendidos por instrutores, sem formação, que receberiam R$ 180,00 por mês pelos serviços. Com isso, segundo a comissão, mais de 2 mil dos seis mil professores especializados que trabalham no setor seriam demitidos.

Publicidade


A inviabilidade do atendimento em período integral para os alunos especiais e a indefinição de data para o repasse de recursos financeiros às instituições, que segundo a resolução "serão feitos de acordo com a disponibilidade financeira e orçamentária da Secretaria de Educação", também são os pontos considerados inaceitáveis pelas instituições.


"Queremos que a antiga resolução (a 2615/96), que deveria vigorar até dezembro do ano que vem seja mantida porque cede professores especializados para atender os alunos portadores de deficiência de qualquer idade e permite que os deficientes mais comprometidos que precisam ficar nas escolas por tempo integral possam fazer as terapias que necessitam", disse Diniewicz. Eles ainda pedem que a verba seja repassada no quinto dia útil do mês.

Publicidade


Segundo Rubens Leonart, que integra a Comissão de Educação da secretaria, há um ano e meio, uma equipe está estudando as mudanças que poderiam ser feitas para cortar gastos sem prejudicar os alunos e professores. "A secretária definiu tudo sozinha sem nos consultar. Esta resolução é um retrocesso", concluiu. Ele é integrante da comissão atendida por Guerra.


A secretária Alcyone Saliba constestou afirmando que a nova resolução garante uma série de avanços aos portadores de deficiência. Segundo ela, a partir do ano que vem todos os alunos teriam direito ao mesmo valor repassado pela secretaria. Hoje o dinheiro destinado às instituições varia de R$ 450,00 a R$ 3,8 mil por aluno. "Não é justo que, pelo mesmo tipo de atendimento, os alunos tenham direito a valores tão diferentes. O valor anual repassado à educação especial é de R$ 52 milhões este ano e será de R$ 72 milhões no ano que vem", diz nota oficial do governo.

A passeata saiu por volta das 9 horas da Praça Dezenove de Dezembro. Por volta das 10h30, o governo, que disse que não atenderia ninguém resolveu voltar atrás e recebeu a comissão. "Fora Saliba. Fora Saliba. Você tem que ir embora. Você é uma forasteira que daqui se apossou. Quer acabar com as Apaes mas nós não vamos deixar", cantavam os manifestantes se referindo a sercretária de Educação Alcyone Saliba, responsável pela polêmica resolução que estava em vigor.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo