Com a proibição da pesca na Baía de Antonina, pelo Ibama, desde a última terça-feira, mais de 500 famílias estão sem ter de onde tirar seu sustento. A Colônia de Pescadores e a Prefeitura do município se reuniram com representantes da Petrobras-Transpetro, para oficializar o pedido de auxílio financeiro às famílias, até que a pesca seja liberada.
De acordo com o presidente da Colônia de Pescadores, Hélio de Freitas Castro, está sendo solicitada uma cesta básica e uma ajuda de custo de dois salários mínimos. Essa seria uma medida de emergência para garantir a sobrevivência dessas famílias, mas nossa preocupação é também, num segundo momento, com a recuperação do meio ambiente, destacou.
Alguns pescadores que ainda não sabiam da proibição saíram para pescar e foram surpreendidos na hora de comercializar os peixes. Esse foi o caso do pescador Mário César Ferreira Polaski, que ficou com 10 quilos de peixe estocado, porque não conseguiu vender. "As pessoas não compram de medo de contaminação. Então, até sair o resultado das análises, nós precisamos de uma compensação", afirmou.
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Manoel dos Passos Pereira, pescador há 25 anos e dono de uma peixaria, também não sabia da proibição. "Nós estávamos pescando para o lado de Paranaguá, bem longe do ponto de contaminação", alegou.
Os comerciantes de Antonina também estão preocupados com a possibilidade de uma redução no movimento de turistas durante o Carnaval. Entretanto, o secretário de Meio Ambiente do município, Napoleão Luiz Peluso Junior, afirma que a vigilância sanitária fez um levantamento em todos os restaurantes da cidade para controle do estoque de pescados. "As pessoas podem ficar tranquilas, pois a fiscalização está sendo bastante rígida", garantiu.
Leia mais sobre o vazamento de óleo da Petrobras na edição desta quinta-feira na Folha do Paraná/Folha de Londrina