Investigadores da Polícia Civil de Foz do Iguaçu prenderam hoje (09/07) Obdúlio Gimenez, 50 anos, juntamente com equipamentos de uma fábrica clandestina de CDs piratas. Cerca de 6 mil discos, avaliados em R$ 30 mil, foram apreendidos no local.
A prisão em flagrante aconteceu no bairro 3 Bandeiras, região sul de Foz. Segundo o delegado do 3º Distrito Policial, David Ricardo de Andrade Passerino, os policiais chegaram à fabriqueta depois de investigarem uma denúncia passada pela Associação Protetora dos Direitos Intelectuais e Fonográficos do Brasil (Apdif). Além dos CDs, foram apreendidos três computadores com sete gabinetes de gravação cada um. "Como cada cópia demora menos de um minuto, o equipamento tinha capacidade para gravar 1,2 mil discos por hora", calculou Passerino. A maioria dos títulos copiados pertencia à artistas brasileiros, principalmente dos grupos de pagode e duplas sertanejas.
Em depoimento à polícia, Gimenez disse que estava desempregado (trabalhava como mecânico) e foi convidado a cuidar da fábrica por empresário chinês de Ciudad del Este no Paraguai. "Ele disse também que não sabe do paradeiro do tal chinês e que ganhava R$ 200,00 por semana", explicou o delegado, lembrando que o crime é inafiançavel.
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O mecânico foi enquadrado na prática de violação aos direitos autorais e também por introduzir equipamentos de falsificação no País, crimes que prevêem reclusão de um a quatro anos. O carro usado por Gimenez para fazer as "entregas" de CDs ilegais, uma Variant com placas AHE-4160 de Foz, também foi apreendido pelos policiais.
No final do ano passado, a Receita Federal de Foz realizou uma destruição recorde discos piratas no Brasil: 737 mil. No mercado informal da fronteira, a mercadoria destruída estava avaliada em R$ 3,6 milhões.