Os policiais civis do Paraná decidiram voltar aos trabalhos nesta quinta-feira (20) após reunião com o governador Beto Richa (PSDB). A paralisação simbólica, que seria de 24 horas, tinha o objetivo de chamar a atenção da população e do poder público para as diversas reivindicações da categoria. "O governador se mostrou sensível e deliberou que os seus secretários analisem os nossos pedidos", contou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina (Sindipol), Ademilson Alves Batista.
Os policiais pedem a contratação de mais funcionários, a oficialização de promoções antigas, a revisão de subsídios e do estatuto da categoria e, principalmente, a transferência dos presos dos distritos policiais para os presídios. "O policial civil não pode continuar fazendo papel de agente carcerário", destacou Batista.
O sistema carcerário de Londrina está em colapso. Os 4º e 5º Distritos Policiais (DPs) foram interditados na última sexta-feira (14) por conta da superlotação. A Polícia Civil precisou improvisar o Centro Integrado de Triagem (CIT) da 10ª Subdivisão Policial de Londrina para receber novos presos. O local, sem água, cama e energia elétrica, continua superlotado, apesar do registro, nesta quinta, da transferência de dez detentos para presídios da cidade. "O governador disse que está preocupado com a situação e que vai determinar que novos delegados venham a Londrina verificar os problemas", destacou o presidente do Sindipol.
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A rodada de negociações entre policiais civis e Governo do Estado tem início na próxima segunda-feira (24). "Temos a intenção de discutir diversos pontos com os secretários até o dia 14 de março. Vai ser realizada uma série de reuniões. Se a negociação não avançar, podemos aprovar nova greve", garantiu Batista.