O soldado da Polícia Militar Francisco Damião da Silva foi morto em uma emboscada na noite deste sábado (4), em Carbonera, distrito do município de Maria Helena, na região de Umuarama. Três suspeitos de participarem do homicídio também foram mortos em tiroteios com a PM. No momento do atentado, Damião trabalhava sozinho.
De acordo com o capitão William Silveira, Damião estava destacado em Serra dos Dourados, distrito de Umuarama, e foi fazer patrulhamento em Carbonera, que fica bem próximo. Logo após abastecer a viatura, passou pelos irmãos Rodrigo e Renato dos Santos Costa, de 30 e 31 anos, respectivamente. Ao perceberem a redução da velocidade do carro da PM, eles efetuaram vários disparos contra o carro com um revólver calibre 38 e uma pistola calibre nove milímetros. Dois projéteis acertaram Damião, na cabeça e no braço direito.
Ainda segundo Silveira, os suspeitos fugiram do local a pé. A PM foi acionada e passou a fazer buscas pela dupla. Mais tarde, em Douradina, a cerca de 27 quilômetros da emboscada, Renato e Rodrigo, em uma motocicleta, foram abordados por policiais militares que não conhecia os autores.
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O capitão afirma que a dupla obedeceu as ordens dos oficiais e desceram do veículo. Entretanto, eles investiram contra os PMs quando se aproximaram para fazer a revista pessoal. Durante a luta corporal, os oficiais efetuaram disparos e os suspeitos acabaram mortos. Eles teriam nos bolsos balaclavas, afirma o capitão, o que indica que podiam ter a intenção de praticar roubos. Ambos tinham passagens pela polícia por roubo, envolvimento com drogas e fugas de estabelecimentos prisionais.
Um terceiro indivíduo, morador de Carbonera, que foi visto o dia todo com os autores dos disparos, também foi abordado. No momento, estava armado e, segundo Silveira, efetuou dois disparos contra os oficiais, que revidaram e o acertaram. Apesar de não ter participado da emboscada, o terceiro envolvido chegou a tirar fotos de Damião morto e divulgou em redes sociais. Seu nome não foi fornecido.
O capitão William Silveira afirma que Damião costumava fazer rondas sozinho, mas, quando era solicitado para atender alguma ocorrência, sempre era encaminhado um parceiro ou outra viatura de reforço. "No momento, ele não tinha atendimento algum, apenas fazia patrulhamento. Se houvesse necessidade, ele solicitaria reforço. Foi uma fatalidade que poderia ter ocorrido mesmo quando ele estivesse fora do horário de serviço", afirma.
Damião tinha 40 anos de idade e mais de 14 anos de serviços prestados à corporação. Ele deixa mulher e dois filhos. Silveira afirma que o soldado tinha um comportamento exemplar, que inspirava respeito de seus companheiros. Seu corpo será velado na capela mortuária municipal de Umuarama após as 17h e o enterro deve ocorrer amanhã.