O Instituto de Criminalística do Paraná começou, nesta terça-feira (24), o trabalho de coleta de amostras de sangue de familiares de vítimas do acidente com o avião Airbus A320 da TAM, no vôo JJ 3054, em São Paulo, no último dia 17. Filhos, pais ou irmãos das vítimas poderão comparecer ao Laboratório de DNA do Instituto, em Curitiba, para fazer a coleta, que ajudará na identificação das vítimas.
"Desde o dia do acidente, enviamos um ofício para a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo oferecendo auxílio na identificação dos corpos. Nesta segunda-feira (23), houve o contato de São Paulo para auxiliarmos na coleta. É uma situação bastante complexa e estamos prontos para ajudar, já que temos um laboratório que é referência no Brasil, com tecnologia e equipe capacitada para isto", disse o chefe do Laboratório de DNA do Instituto de Criminalística do Paraná, Renato Dall’Stella.
A partir desta terça-feira (24), os parentes já podem procurar o Instituto no período das 8h às 12h e das 13h30,às 17h30. "É importante que, ao procurar o serviço, as pessoas busquem o Laboratório de DNA do Instituto, para não haver confusão na hora do atendimento", alertou Dall’Stella.
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A partir da coleta de sangue dos familiares, será obtido o perfil genético de cada um e encaminhado para São Paulo. Lá, serão feitas comparações com os restos mortais de algumas vítimas, para identificar os corpos. "Muitos estados vão ajudar na coleta do sangue, porque os parentes estão espalhados pelo Brasil e fica complicado ir até São Paulo", explicou.
O Laboratório de DNA do Instituto de Criminalística do Paraná fica na Avenida Visconde de Guarapuava, número 2.652.
Incêndio em Assunção – Em abril de 2005, o Laboratório de Genética Molecular Forense do Instituto de Criminalística do Paraná ajudou a justiça do Paraguai a identificar 13 vítimas do incêndio que aconteceu em um supermercado de Assunção, em agosto de 2004. Os corpos não foram reconhecidos pelos familiares, nem pela polícia do Paraguai, por terem sido extremamente danificados pelo fogo. Por conta disso, o governo paraguaio pediu apoio ao Brasil para fazer a identificação destes restos mortais, após confusões feitas pelas famílias, que reconheceram e enterraram erroneamente restos mortais de outras pessoas, também mortas no incêndio.
No dia 1.º de agosto de 2004, um incêndio no supermercado Icuá Bolaños, em Assunção, capital do Paraguai, matou cerca de 400 pessoas e feriu outras centenas, na maior tragédia que o país já protagonizou. O fogo começou na chaminé da padaria do supermercado e rapidamente alastrou-se pelo salão de compras, alcançado posteriormente o estacionamento que ficava no andar subterrâneo. Naquele momento, estavam presentes cerca de mil pessoas e destas, cerca de 500 ficaram feridas e mais de 400 morreram.