Uma das maiores preocupações dos familiares era com a alimentação dos presos. Por volta das 20h45 de sábado eles teriam gritado por comida e água. A preocupação foi confirmada pelos presos que não conseguiram sair para visita. "Estamos sem comida e sem água", gritou um dos detentos. "Estão matando a gente de fome. Eles não têm o mínimo de humanidade".
De acordo com os detentos, apenas dez presos estão sendo responsáveis pela alimentação dos mais de 1,3 mil internos. "A rebelião foi um fato isolado. Não é justo que a gente pague por isto", disse outro preso. O tenente Roberto Cândido Pereira, que acompanhou a imprensa no presídio, confirmou que os presos estão recebendo apenas uma alimentação diária. Eles ficam fechados nas celas por motivos de segurança. "É muita gente. Não conseguimos passar mais de uma vez em todas as celas distribuindo alimentos. Mas eles recebem o suficiente para duas refeições cada vez", explicou.
O tenente afirmou que os problemas de falta d`água ocorreram, mas foram contornados na manhã de ontem. "Nós chegamos aqui ontem. Estamos administrando a crise", complementou. Diariamente, os presos produzem uma tonelada de lixo.
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O diretor interino da PCE, tenente-coronel Nemésio Xavier de França, disse ontem que não existe nada oficial, mas a previsão é a de que a Polícia Militar continue na guarda interna do presídio por 30 dias. No sábado, 68 policiais faziam a guarda da penitenciária, segundo informou o sargento Ariel Froes. Os agentes penitenciários -cerca de 10 homens- ajudavam apenas a cuidar da portaria e, ainda assim, na companhia de outros dois PMs. A intenção é aumentar o efetivo ontem em função das visitas. França não quis divulgar o número de policiais por questão de segurança.