Cerca de 12 dos 900 internos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, acabaram desistindo nesta sexta-feira da greve de fome iniciada na última terça-feira. Segundo o diretor da PCE, Andréa Luiz Ayres Kendrick, eles passaram mal e foram retirados das celas para receberem alimentação e cuidados médicos.
De acordo com a direção do presídio, os presos pedem o retorno de 14 líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Primeiro Comando do Paraná (PCP), que foram transferidos no início do mês para a Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), por questão de segurança. A mulher de um dos internos listou uma série de outras reivindicações, entre elas, melhorias no atendimento jurídico, oportunidades de estudo e trabalho, estruturação das visitas e regularidade no banho de sol.
Kendrick disse que tomou conhecimento dos pedidos pela imprensa, mas que não irá negociar até que os presos encerrem a greve de fome. ''Terminada essa greve vamos ver o que poderemos melhorar'', acrescentou. Segundo o diretor, já está definido que os internos que aderiram ao movimento não receberão visitas neste domingo.