A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu nesta segunda-feira (27), Alexandre Lopes de Padua Arcenio, 31 anos, treinador em duas academias de Crossfit em Curitiba. Ele está envolvido em três mortes e uma tentativa de homicídio envolvendo garotas de programa e transexuais.
A polícia chegou até o treinador graças a uma das vítimas que sobreviveu ao ataque dele e se fingiu de morta para escapar.
A transexual Camilly, de 22 anos, foi a quarta vítima de Alexandre. Ela relatou à polícia que marcou encontro com o treinador via WhatsApp no dia 24 de abril. Depois da relação sexual, o homem beijou seu rosto e desferiu um golpe conhecido como 'mata leao', provocando o desmaio da vítima. Quando acordou, horas depois, Camilly estava sobre a cama com uma toalha amarrada no pescoço e sangue no rosto.
Leia mais:
Cinco livros para conhecer obra literária de Dalton Trevisan, morto aos 99 anos
Paraná pode ter 95 colégios dentro do programa Parceiro da Escola a partir de 2025
Arapongas e Cambé alertam para golpe do alvará de funcionamento
Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná
Câmeras de segurança mostraram Alexandre entrando e saindo de apartamentos, e Camilly o reconheceu nas imagens. Depois de atacar as vítimas, ele ainda roubava celulares, documentos e dinheiro.
Ao realizar busca na residência do rapaz, foi possível localizar e apreender vários objetos, utilizados por ele na data dos crimes e flagradas pelas câmeras de segurança, entre eles, camisetas, bermudas, mochilas, notebooks, câmeras fotográficas até mesmo um pedaço de corda. Alguns desses objetos já foram identificados pela vítima sobrevivente e por familiares de outras vítimas.
Alexandre se reconheceu nas imagens das câmeras de segurança e admitiu os encontros amorosos com as vítimas, bem como, de ter aplicado um "mata leão" em duas delas para subtrair os pertences enquanto estavam desacordadas, alegando que passaria por dificuldades financeiras. Apesar disso, ele afirma tê-las deixado com vida.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Ana Cláudia Machado, as investigações continuam e não está descartada a hipótese de existirem outras vítimas.