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Semiaberto

Projeto que oferece trabalho a presos dá resultado no Paraná

Marco Feltrin - Redação Bonde
29 nov 2013 às 18:07

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- Divulgação
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A Curitiba dos anos 50, quando moradores cortavam pinheiros e aproveitavam a madeira para construir casas, serviu de inspiração para que o empresário Carlos Antonio Gusso, criança à época, criasse um projeto de sucesso na área ambiental e social.

Desde 2005, detentos em regime semiaberto da Colônia Penal Agroindustrial do Paraná, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, participam do projeto "Gralha Azul", que cultiva mudas de Araucária distribuídas a órgãos públicos e entidades filantrópicas.

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Em troca do serviço, os presos têm o benefício da regressão de pena, com um dia descontado a cada três trabalhados. O grupo de cerca de 60 detentos produz cerca de 1,5 milhão de mudas por ano.
A ideia saiu do papel quando a Risotolândia, empresa comandada por Gusso, passou a fornecer alimentação para os presos em Piraquara. "Quando ia até a penitenciária via os presos ociosos, sem fazer nada. Tinha dificuldade para encontrar mão-de-obra em um sítio onde plantava pinheiros na região e pensei em dar emprego a estes presos, ensiná-los um oficio", conta o empresário.
Com os bons resultados, o projeto despertou a atenção de outras instituições, como a Universidade Federal do Paraná (UFPR), que estabeleceu convênio para absorver a produção. "Chegou uma época em que tínhamos dificuldades, chegávamos a jogar fora uma parte das mudas. Não pode esperar mais de seis meses depois do plantio. A muda do pinheiro seca por ser muito sensível", explica.

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A parceria com a UFPR permitiu a fiscalização de quem recebe as mudas, acompanhando o comprometimento com o meio ambiente. A iniciativa recebeu diversos prêmios, entre eles do Instituto Chico Mendes, como melhor programa do país na área ambiental.


A experiência fez com que Gusso apostasse no trabalho de presos e ex-detentos também dentro de sua empresa, projeto que chamou de 'liberdade construída'. "Não me arrependo da iniciativa. Temos muitos profissionais excelente dentro da prisão: mecânico, jardineiro, eletricista. Nunca tive nenhum problema dentro da minha empresa. Aqui dentro, eles são como qualquer um, com benefícios e responsabilidades".

Questionado sobre o preconceito com quem sai da cadeia em busca de um recomeço, Carlos Antonio Gusso analisa que falta visão aos empresários. "As empresas reclamam da falta de mão de obra, ficam chorando o leite derramado. Ao deixar de dar uma oportunidade a essas pessoas, estão abrindo mão de excelentes profissionais. Se eles saem da cadeia e não têm oportunidade, cresce a probabilidade de cometer novos delitos. Mas muitos têm vontade de vencer na vida e agarram essa oportunidade, colaborando com o crescimento da empresa".


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