Soltar balões é considerado crime e está previsto em lei desde 1998. A prática pode colocar em risco a vida de pessoas, além da possibilidade de ocasionar incêndios. No último final de semana, um caso envolvendo balões terminou com a morte de uma pessoa na Região Metropolitana de Curitiba.
Nesta situação, ocorrida no final da manhã deste domingo (06/07), um rapaz morreu afogado na Represa do Passaúna após tentar resgatar um balão, de aproximadamente dez metros, que havia caído no local. Segundo informações de conhecidos da vítima e repassadas à Polícia Militar, o jovem entrou no rio e acabou levando um choque, já que a região possui fios de alta tensão.
Para prevenir situações, o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) realiza ações voltadas para prevenir esta prática. Até o mês de maio deste ano já foram registradas cinco situações de acionamento envolvendo balões. Seis balões foram apreendidos e quatro pessoas presas, além da apreensão de materiais como bocas e aranhas de balão, moldes, corda de estopim, liquinho de gás, bem como réplicas e balões desmontados.
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Em 2012 foram registrados três acionamentos, sendo dois balões apreendidos e nenhuma pessoa presa. Já 2013 foram cinco acionamentos, sendo três balões apreendidos e quatro pessoas presas.
A porta-voz do BPMA, tenente Thaís Becker Lovato, comenta que houve um aumento no número das denúncias envolvendo balões. "A causa talvez tenha sido a conscientização da população, que percebeu que a soltura de balões pode terminar com situações graves e é considerado crime. Nossas equipes do serviço velado fazem um levantamento das informações para em seguida serem desencadeadas operações", afirma.
Segundo a tenente Thaís, nesta época do ano o número de operações aumenta, porém elas são realizadas durante todo o ano. "Nossa preocupação é intensificar a fiscalização em todo o Estado neste período, pois culturalmente nestes meses as pessoas tendem a aumentar a fabricação. Para isto contamos com as cinco companhias da unidade que realizam diversas atividades em todo o Paraná", conta.
A policial acrescenta que a pessoa que é flagrada fabricando, vendendo, transportando ou soltando balões é encaminhada à delegacia e responde por crime ambiental, artigo 42 da Lei 9.605 de 1998. "Vale ressaltar que a lei se enquadra em situações onde a intenção é a soltura dos balões; não configura crime os materiais usados para balões decorativos", diz ela.
Para o chefe de Comunicação do Corpo de Bombeiros, major Manoel Vasco de Figueiredo Júnior, há diversos riscos para as pessoas ao soltar balões. "As pessoas podem ter queimaduras nas mãos e nas vias aéreas devido à inalação daquela fumaça. Também aumenta o risco quando o balão cai, podendo atingir indústrias, residências e a fiação elétrica, podendo causar um curto-circuito", explica.
"Nesta época de festas juninas, a soltura de balões é maior e, consequentemente, os registros de casos de fogo em áreas florestais também. A situação se torna mais grave, pois nestes meses temos as geadas e o campo fica extremamente seco, fazendo com que as áreas fiquem mais difíceis para controlar o fogo", ressalta o major Vasco.
Para denúncias, as pessoas podem ligar no telefone 190 (Emergência), no 181 (Disque-Denúncia) ou diretamente nas sedes das companhias do BPMA.