O Hospital Universitário de Londrina (HU) está entre os 36 do país considerados de ''referência'' para tratar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), conhecida como pneumonia asiática.
O superintendente do hospital, Francisco Eugênio, esteve em Brasília na semana passada em uma reunião organizada pelo Ministério da Saúde para padronizar o atendimento nos casos suspeitos de Sars. ''Está todo mundo aprendendo junto porque é uma doença nova'', constatou.
Segundo Eugênio, ainda não foi definido o valor da verba que o governo vai disponibilizar para custear esses hospitais. ''Inicialmente vamos improvisar uma área para atender os casos suspeitos e depois vamos adequar uma área para isso'', explicou.
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Ele ainda acrescentou que o coordenador do Centro Nacional de Epidemiologia, Jarbas Barbosa Silva Júnior, afirmou que o Ministério da Saúde, juntamente com as secretarias estaduais, está analisando a situação de cada hospital para encaminhar a ajuda necessária.
O HU está aguardando ainda os Equipamentos de Proteção Individual que virão da secretaria estadual.
O superintendente descreveu que o índice de letalidade da pneumonia asiática chega a 4%.
Para ele, o mais grave dessa doença é que em 10% dos casos ela evolui para a Síndrome da Angústua Respiratória do Adulto (Sara), cujo índice de mortalidade chega a 40%.
Essa doença se caracteriza por uma baixa de oxigênio no sangue. No ano passado, o HU atendeu cerca de 100 pacientes com Sara, vinda de outras patologias como pneumonias já conhecidas e intoxicação.
Todos os pacientes com Sara recebem tratamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido à gravidade da doença.
Para tratar da pneumonia asiátia, o HU está montando equipes com médicos infectologistas, pneumologistas, intensivistas (especialistas de UTI) e também profissionais da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
Sobre a possibilidade dessa doença se espalhar pelo país, Eugênio apontou que isso ainda é uma incógnita.
''Vai depender se vão conseguir controlá-la em seu lugar de origem. Temos a vantagem que ela foi detectada antes de chegar no Brasil'', justificou.
No mundo - No total, 143 pessoas morreram por causa da SRAS no mundo. O número de casos se aproxima de 3.500 em mais de 30 países, entre eles Israel, onde nesta segunda-feira foi detectado um caso.
Uma exceção notável é o Japão, que envia grandes contingentes de turistas e empresários para a zona mais afetada, e que afirma não ter sido atingido pela doença.
A Sars pode arrastar Hong Kong e Cingapura para a recessão. Os responsáveis por estas duas ex-colônias britânicas já anunciaram que os objetivos de crescimento previstos não serão alcançados.