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Campina da Lagoa

Sem-terra retiram gado da Fazenda São José

Redação - Bonde
25 jul 2003 às 14:17

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As cerca de 48 famílias do Movimento dos Sem-Terra (MST) retiraram a criação de gado que mantinham na fazenda São José. No fim da tarde de quinta-feira, os sem-terra finalizaram o transporte em caminhões das cerca de 400 cabeças de gado, em cumprimento a um mandado de manutenção de posse.

Além disso, os sem-terra também retiraram mangueiras para regar hortas, tanques de água e maquinário agrícola da fazenda invadida. As informações são da Secretaria Estadual de Copmunicação.

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Aquelas famílias vivem, desde agosto de 2001, em um sítio alugado em Campina da Lagoa, região Centro-Oeste do Paraná, vizinho à fazenda São José, e invadiram a propriedade com a criação e plantação.

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Parte do gado, em torno de 200 cabeças, foi vendida para um pecuarista da região, e a outra metade foi conduzida para outra área, que foi arrendada pelos integrantes do movimento.

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Setenta policiais militares, comandados pelo tenente-coronel José Rigoni Filho, do 11.º Batalhão de Polícia Militar, de Campo Mourão, acompanharam a operação. Segundo Rigoni, 10 homens da Polícia Militar com duas viaturas da Ronda Ostensiva de Natureza Especial (RONE) deverão permanecer na fazenda até o próximo domingo para garantir a tranqüilidade e a ordem na região.


De acordo com o coronel Antônio Amauri Ferreira Lima, do Comando de Policiamento do Interior, a operação foi conduzida de forma pacífica. "As questões agrárias no Paraná têm de ser tratadas desta maneira, com diálogo e muita negociação", enfatizou Luiz Fernando Delazari, secretário da Segurança Pública.

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As famílias estavam utilizando cerca de 70 alqueires da propriedade do agricultor Aloysio Ludwig para cultivar milho, soja e algodão e criar o gado, o que caracteriza a invasão de terras.


De acordo com Rigoni, atualmente os integrantes do MST mantém três lotes de plantação de milho na área. "Eles deverão nos comunicar quando forem realizadas as colheitas para que possamos acompanhar o trabalho. Ficou combinado que, no máximo, cinco integrantes do Movimento vão fazer a colheita para evitar confusão", revelou o tenente-coronel.

A expectativa é a de que toda a colheita dos três lotes termine dentro de 30 dias.


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