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Maringá

Servidores de Maringá ignoram justiça e mantêm greve

Redação Bonde
22 jun 2006 às 20:08

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O Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) ignorou a decisão da 2.ª Vara Cível e afirmou que a greve continua. Os funcionários municipais estarão trabalhando normalmente no Hospital Municipal, mas o sindicato não libera os serviços de coleta de lixo. A direção da entidade de classe alega não ter recebido qualquer notificação judicial e que somente depois de comunicados oficialmente é que os grevistas decidirão o que fazer. A greve dos servidores, segundo a Prefeitura, já acumula quase 4 mil toneladas de lixo nas ruas da cidade.

Nos autos de número 500/06, assinados pelo juiz substituto Abílio de Freitas, o texto alega que "não se pode admitir a prática de atos que venham colocar em risco a segurança e a saúde da população". De acordo com o documento, "também a questão do lixo já se tornou, a estas alturas, questão de saúde pública, a medida em que o acúmulo de lixo favorece a proliferação de agentes causadores de doenças".

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Uma liminar, expedida no início da noite da última terça-feira (20), autoriza que "seja requisitada força policial para assegurar o funcionamento regular do Hospital Municipal e demais unidades de saúde do município, inclusive do setor de auxiliar de enfermagem, assim como a entrada e saída de pessoas e veículos necessários à regularização do serviço de coleta de lixo e limpeza pública, sem qualquer restrição".

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Segundo Ulisses Maia, o representante da Prefeitura, o 4.º Batalhão da Polícia Militar já foi notificado para intervir se necessário. Mas até o final desta quarta-feira, todos os caminhões ainda estavam impedidos de trabalhar, assim como os funcionários de entrarem na secretaria.


A administração municipal contratou dois caminhões terceirizados para a coleta, o que é insuficiente para fazer o serviço que normalmente seria feita por onze, por isso o lixo continuava acumulado pelas ruas.

A presidente do Sismmar, Ana Pagamunici, considera o uso da força policial "mais uma prova do autoritarismo da atual gestão". Segundo ela, depois de sexta-feira não houve qualquer tentativa de negociação por parte da administração. "Só paramos a greve quando as nossas reivindicações forem atendidas", insiste.


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